22 agosto 2014

FÁBULAS.


                                                         FÁBULAS


            Para nós que contamos histórias, as fábulas tem um encanto especial. Nas fábulas os animais falam, cometem erros, são sábios ou tolos, maus ou bons, exatamente como são os homens, agindo para o bem ou para o mal. Esopo, foi um dos precursores das fábulas. Foi um escritor grego, que teria nascido no final do século VII A.C. A data e o local de seu nascimento são incertos. O certo é que Esopo morreu em Delfos, tendo sido executado injustamente. De acordo com historiadores, Esopo teria sido escravo de um cidadão de Samos, uma ilha grega.
            A ele foi atribuído um conjunto de pequenas histórias, de caráter moral e alegórico, cujos papéis principais eram desenvolvidos por animais. Na Atenas do século V A.C., essas histórias eram conhecidas e apreciadas, ficando conhecidas como fábulas.
             Suas criações serviram como base para escritores ao longo dos séculos, tais como Fedro, La Fontaine e, aqui no Brasil, para Monteiro Lobato.
              Uma de suas fábulas chama-se:

                                       A RAPOSA E AS UVAS

             Era uma vez uma raposa que estava há muito tempo sem comer. Estava magra de tanta fome.
             Depois de muito andar, já enfraquecida, chegou a um grande pomar. O que mais lhe chamou a atenção, foi uma parreira, de onde pendiam muitos cachos de uvas, grandes, maduros e prontos para comer. 
            Esfomeada como estava, ficou ali procurando uma forma de alcançar as frutas, que estavam num alto caramanchão, onde galhos e frutas se enroscavam. Olhava para cima e a fome a torturava mais ainda. Deu um salto, mas errou. Tornou a pular várias vezes, mas sem êxito. Ficou mais cansada ainda, sentindo dores pelo corpo, achando que iria desmaiar de fraqueza.
          Depois de inúmeras tentativas, frustrada e zangada, a raposa olhou com desdém para a parreira e disse:
          _Ora essas uvas não prestam! Estão verdes! Não quero mesmo comê-las!
          E foi-se embora do pomar, mais esfomeada do que quando chegara.
     
         Moral da história: quem desdenha, quer comprar!
             
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