10 fevereiro 2015

O LOBO E O CORDEIRO



                       O LOBO E O CORDEIRO

         Um lobo caminhava à beira de um riacho, quando avistou um cordeirinho que bebia tranquilamente. O lobo imaginou uma maneira de agarrar a inocente criatura. 
          Foi para pouco acima, no riacho, e gritou:
          _Como você se atreve a deixar a minha água enlameada?
          _Mas eu estou muito abaixo do senhor e apenas encosto a boca na água! Além disso a água corre do senhor para mim! Não posso estar sujando a sua água!
          _Está certo, mas ontem eu não consegui dormir por causa dos seus balidos, muito altos e irritantes!
          _Isso é impossível, senhor, pois eu dormi dentro da estrebaria, do outro lado da montanha, juntinho de minha mãe! 
          _ Você é insolente! No ano passado você xingou-me três vezes.
          _Mas eu não tinha nascido ainda, pois tenho apenas três meses e nasci na primavera deste ano.
          _ Quer saber de uma coisa, cordeirinho bobo? Eu estou com muita fome e suas desculpas não me convenceram; vou devorá-lo!
         E o lobo, sem mais demora, devorou o cordeirinho.
         Quem resolve fazer o mal, não fica apenas na intenção.

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        Essa é mais uma das fábulas de Esopo, que entendia como ninguém, as intenções ocultas no coração dos homens, e transmitia sua opinião desta forma tão inteligente. Em nosso mundo atual, temos muitos exemplos imitam bem a atitude do lobo.

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08 fevereiro 2015

O HOMEM GALINHA



                                 MAIS UMA FOFOCA! O HOMEM GALINHA.

            Não é o que vocês estão pensando! Mas foi fato verídico, acontecido em algum lugar desse imenso Brasil. Acredite se quiser!

          Certa manhã, Joel acordou assustadíssimo, pois acabara de ter um sonho, ou pesadelo, para ser mais exato: sonhara que era uma galinha e que havia botado um lindo ovo.
          Muito impressionado com o sonho, foi tomar o café da manhã e comentou o sonho com sua esposa, Marilda, conhecida como a maior fofoqueira do bairro.
          _Marilda, eu tive um sonho horrível- sonhei que era uma galinha e botei um ovo. Não é estranho isso? Sonho tem cada uma!
          A conversa continuou animada, até Joel sair para seu trabalho. Marilda começou as tarefas da casa, mas o sonho de Joel não lhe saia da cabeça. Tinha que comentar com alguém! Saiu até a calçada e encontrou-se com Jurema, outra fofoqueira da rua. 
          _Jurema, sabe da última? Joel botou dois ovos esta noite! Mas por favor, não conte para ninguém, pois é segredo!
          As fofoqueiras ficaram conversando por certo tempo e depois foram para suas ocupações. Menos Jurema. Esta, não aguentando o segredo, foi conversar com Simone.
          _Simone, sabe da última? O Joel, marido de Marilda, botou quatro ovos esta noite. Parece que ele está com complexo de galinha. Mas não espalhe por aí, viu? É segredo! Coitada da Marilda!
          Acabadas as fofocas, Simone foi ao açougue. 
          _Quero um quilo de coxas de galinha, seu Mário. Sabe da última? O Joel, marido de Marilda, durante a noite vira uma galinha. Esta noite ele botou dez ovos!
           Assim, a fofoca correu o bairro durante o dia todo.
           Quando Joel voltou do se trabalho, à noitinha, espantou-se com o movimento em frente a sua casa. Pessoas se aglomeravam, carrinhos de pipocas e doces por todo lado, equipes de rádio e televisão a postos para fotos e entrevistas. Aproximou-se, curioso para saber o motivo, e qual não foi a sua surpresa ao ser identificado como o incrível HOMEM GALINHA QUE BOTAVA TRÊS DÚZIAS DE OVOS TODAS AS NOITES.
             Desmaiou ali mesmo, sendo levado às pressas para o Pronto Socorro!

07 fevereiro 2015

SOBRE FOFOCAS


                               
                                    SOBRE FOFOCAS OU FUXICOS OU DIZ-QUE DIZ
    
                Dificilmente um boato passa desapercebido em nossa sociedade. Quem ouve, reconta e quase sempre aumenta um ponto. Há aqueles que guardam para si mesmo, pois sabem que a vida de outros não lhes diz respeito. Sábia atitude!
                Conta-se que, certo dia, uma mãe abriu a porta para o filho que chegava da escola. Ele, todo esbaforido, mal colocou sua mochila sobre uma cadeira e falou animadamente:
                 _Mãe, vou contar o que ouvi sobre Rafael!
                 Mas a mãe, imediatamente perguntou:
                 _Você tem certeza que é verdade?
                 _Bem, não sei se é verdade, não.
                 _Se você contar para mim ou outra pessoa vai resolver a situação? 
                 _Acho que não.
                 _Você gostaria de ter o seu nome ou de alguém de nossa família ou de amigos, no meio de intrigas?
                _ Não, mamãe.
                _Pois então, meu filho, coloque o que você ouviu no esquecimento. Cada pessoa tem o direito de viver conforme puder, sem que seja prejudicado por intrigas.