26 fevereiro 2014



                                 LÁ VEM OUTRA  HISTÓRIA
     
       Enquanto não reiniciamos nossas contações na Biblioteca, vamos recontando algumas, aqui em nosso blog. São histórias de domínio popular, que fomos coletando e reservando em nosso acervo. 
       Temos, além da Biblioteca Municipal, nossa biblioteca particular, que possui muitos livros que ganhamos, compramos ou trouxemos de nossas casas, apostilas, revistas, jornais,etc. 
       Afinal de contas, todo contador tem que ter vasto repertório, pois a quantidade de histórias é infinita!


                                       A FORÇA DOS PENSAMENTOS


       Era uma vez, dois monges que viajavam, a pé, por uma estrada, quando chegaram às margens  de um rio, não muito fundo, e que, talvez por isso mesmo, não possuía nem mesmo uma pequena ponte. Todos tinham de atravessá-lo como pudessem.
      Os monges notaram uma mulher, muito jovem e bonita, que também desejava atravessar o rio, mas tinha muito medo.
      Um dos monges,então, resolveu colocá-la nas costas, e a carregou até a outra margem. O colega ficou indignado com a atitude do amigo, pois entre os monges existe a regra de nunca tocar numa mulher.
      E o amigo, além de tocar, a carregou!!! Era demais!!!
      Mas ele não disse nada- apenas engoliu a raiva pelo comportamento do amigo.
      Andaram muitos quilômetros ainda, até que chegaram ao seu destino: um mosteiro, no alto de uma grande montanha.
      Então, o monge enraivecido voltou-se para o amigo, e não suportando mais ficar quieto, cheio de indignação, finalmente disse:
      _Olhe, terei que contar para o nosso mestre o seu comportamento proibido! 
      _Do que você está falando?
      _Você já se esqueceu? Não acredito! Carregou aquela linda jovem nos ombros, não se lembra?
      O amigo monge, então riu, e calmamente respondeu:
      _Sim, eu a carreguei. Mas a deixei lá no rio, quilômetros atrás. Mas você sim, ainda a está carregando, depois de toda essa nossa longa jornada!


















20 fevereiro 2014

Nossos planos



                                     Planos do Grupo para este ano

       Nosso recesso está chegando ao fim. Como nossos amigos sabem, temos um trabalho voluntário na Biblioteca Municipal de Garça, toda segunda-feira; com as escolas em férias, não temos classes agendadas.
Tivemos participação na Bagunça Bem Feita, durante as férias escolares, promovida pela Biblioteca, em janeiro, atividade muito bem recebida pela comunidade.
       Estaremos de volta a partir do dia 10 de março, com novas histórias para a criançada. Temos, também, planejadas 4 sessões temáticas para adultos no decorrer do ano. Logo estaremos divulgando as datas, mas podemos adiantar que elas serão bem especiais.
       E lá vem mais uma história, trazendo uma mensagem da sabedoria dos povos antigos, mas que é sempre atual; depende do ponto de vista.

                                   O VIAJANTE ESPERTO

       Era uma vez um homem que caminhava por uma estrada, quando encontrou moradores de uma vila próxima, gritando e correndo aterrorizados. 
       Eles choravam de medo; diziam que um terrível monstro estava em seus campos. 
       Mostraram o monstro ao homem, que, no entanto viu que era apenas uma melancia, bem grande mesmo.
       O homem, sem hesitar, chamou os moradores de ignorantes, afirmando que aquilo não era um monstro, mas sim, uma melancia, fruta das mais deliciosas. Mas o povo insistiu que era um monstro; o homem, insensível, discutiu e ofendeu mais ainda aquelas ingênuas pessoas, de forma que elas, furiosas, o atacaram, fazendo com que ele fugisse, muito machucado, o mais rápido que podia.
       Não se passou muito tempo, quando surgiu um outro viajante. A conversa se repetiu, mas esse homem era mais esperto; viu somente a melancia e teve uma reação diferente: mostrou-se também apavorado e, trêmulo, tirou uma faca da cintura, correu até o local onde estava o suposto monstro, deu um terrível grito, pulou sobre a melancia e a cortou em pedaços.
       Todos pularam de alegria, festejando o fim do monstro apavorante. 
       A população da vila, festejou por vários dias e aclamou o viajante como seu novo líder, até que um dia, ele pode mostrar a diferença entre um monstro e uma melancia.



  
     

11 fevereiro 2014



        Essa história parece ser bem antiga; atribuída a ninguém menos do que Leonardo da Vinci.
     

                                                 O PAPEL E A TINTA


      Certo dia, uma folha de papel que estava em cima duma mesa, junto com outras folhas exatamente iguais a ela, viu-se coberta de sinais. 
      Uma pena, molhada de tinta preta, havia escrito uma porção de palavras em toda a folha.
      _ Será que você não podia ter me poupado esta humilhação? Disse, furiosa a folha de papel para a tinta.
     Mas a tinta respondeu:
     _ Espere, eu não estraguei você. Eu a cobri de palavras.  Agora você não é apenas uma folha de papel, mas sim, uma mensagem. Você é a guardiã do pensamento humano. Você se transformou num documento precioso.
      Realmente,pouco depois, alguém foi arrumar a mesa e apanhou as folhas de papel para jogá-las na lareira. Reparou, então, na folha escrita com tinta; jogou fora todas as outras e guardou apenas a que continha uma mensagem.

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08 fevereiro 2014

PORCOS ESPINHOS



    Quando lemos ou ouvimos uma história, podemos perceber ,ou não, a mensagem que está contida nela; às vezes é bem evidente, mas outras vezes ela pode até passar desapercebida.
     Na história O QUE HÁ DE MELHOR NESSA VIDA, a nossa clara intenção foi de deixar uma marca de nossa saudade de nossas colegas Lydia, Moni e Lúcia Helena, que partiram de nosso convívio. 
     É uma história que nos ajuda a repensar a inevitável morte, que chega para todos, em qualquer momento, mas que, havendo a memória, as recordações, sentimos que nem tudo se foi.
     Já na história africana, O PRÊMIO DO SILÊNCIO, dá para sentir um pouco de medo da tirania e maldade do chefe da aldeia, mesmo sendo uma questão de valores daquela sociedade. Mas, a moral implícita, é que fica ressaltada: é melhor não falar demais!
     Mas vejam esta outra pequena história:
     
                                               PORCOS ESPINHOS

     Durante um inverno muito rigoroso, há muitos e muitos anos, muitos animais morriam por causa do frio.
     Os porcos espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupo: assim, se agasalhavam e se protegiam mutuamente.
     Acontece que os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que forneciam mais calor; tornaram a se afastar uns dos outros, tendo muitos, morrido congelados.
      Precisaram, então, fazer uma escolha: aceitavam os espinhos do semelhante, ou desapareciam da face da Terra.
     Essa sábia decisão salvou a espécie: conviviam com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, mas sentiam que o mais importante era o calor do outro.
     E terminaram sobrevivendo!

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     Não costumamos  falar a moral da história, mas nesse caso ela seria: A VIDA EM GRUPO PEDE ALTRUÍSMO.
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