25 dezembro 2014

CONTO DE NATAL



                          CONTO DE NATAL 

                                                        O PRESENTE TROCADO


             Vilminha estava ansiosa e esperançosa; o Natal estava chegando e ela sabia que Papai Noel viria em sua casa! Ela acreditava seriamente no bom velhinho; sua irmã mais velha garantia que ele não existia, mas Vilminha já até havia escrito uma cartinha para ele pedindo aquela linda boneca que andava, piscava e falava algumas palavras, igual de sua amiga Teca.
             Na casa a movimentação era grande: frangos abatidos, uma linda leitoa, doces e bolos em quantidade pois os parentes chegariam para o grande dia.
              Vilminha foi dormir mais cedo que os adultos; dormiu como um anjo!
              Mas acordou assustada com um pequeno ruído no quarto: parecia barulho de papéis! E era na direção de seus sapatinhos que deixara para o Noel colocar o presente!Ela ficou imóvel na cama. Seu coração batia doidamente! ERA ELE ! E agora? Corria para ver?
              Fechou os olhos com mais força! Tinha que ficar quieta senão ele iria embora!
              Vilminha passou o resto da noite acordada imaginando o lindo presente que deveria estar no seu sapatinho.
              O dia foi clareando; a mãe foi chamá-la e Vilminha levantou-se correndo para ver o presente.
              Ansiedade e esperança!
              Porém, mais uma vez seu presente veio trocado! Não era a linda boneca que pedira na cartinha! Era uma boneca sim, mas feita de pano, com cabelos de fios de lã, como do tricô de sua avó, e olhos bordados!
              Vilminha pegou sua nova boneca, embalou-a docemente no colo e pensou:
              -- Papai Noel precisa ler as cartas com mais atenção! Quem sabe no próximo Natal ele traz o presente certo!
              Vilminha esperou outros Natais, mas sua boneca nunca veio; já com 11 anos ela ainda acreditava no Papai Noel. Chegou mais um Natal.
              Vilminha então teve uma grande surpresa: seu pai aproximou-se dela com um pequeno embrulho de presente; nele havia uma caneta tinteiro, bem apropriada para o curso ginasial do próximo ano.

              Adeus boneca! Adeus Papai Noel!

23 dezembro 2014

FIM DE ANO - ANO NOVO


                     
                 FIM DE ANO- NOVO ANO

            O Grupo Pirlimpimpim Contadores de Histórias não poderia deixar passar essas datas, esquecendo a todos que nos ouviram e prestigiaram nosso blog.
            Temos muitos planos para o próximo ano e estaremos contando com vocês.
             

18 dezembro 2014

INDICAÇÃO DE LEITURA- BALTASAR


    BALTASAR-  INDICAÇÃO DE LEITURA


            Mais uma colaboração de Veridiana Sganzela Santos, que vem deixar nosso blog muito mais interessante. Veridiana é jornalista e escreve no Jornal comarca de Garça, todas as semanas. Ela é garcense e membro da Associação dos Poetas e Escritores Garcenses (APEG). o Grupo Pirlimpimpim contadores de Histórias solicitou e ela, gentilmente consentiu que seus textos fossem publicados em nosso blog.  Agradecemos muitíssimo, Veridiana e desejamos sucesso em sua vida profissional no novo ano que se aproxima, com a velocidade de um cometa. 

 “O mal é necessário. Da mesma forma que o bem, tem a sua nascente profunda na natureza, e um não poderia exaurir-se sem o outro” - Jacques Anatole François Thibault (1844 – 1924)

Redenção. Pensar nas faltas, aprender com elas e redimir-se. Uma das “metas” do final de cada ano que quase todos têm, especialmente nesta época. Mas independente de quando, é sempre hora de buscar o tal burilamento. Assim foi com Baltasar, um dos três reis magos, dos quais pouco registro temos. Conta a lenda que eles eram quatro, um acabou por perder-se. Enfim, a História pouco nos conta sobre eles antes e depois da visita ao bebê Jesus. Porém, o escritor Anatole France nos faz imaginar como teria sido suas vidas, especialmente a de Baltasar, que ele nos conta.

Diz que Baltasar, um belo e justo rei da Etiópia, enamorou-se pela rainha de Sabá, Balkis. Quando foi vê-la, acompanhado de seu mago Sembobitis e do eunuco Menkera, ele ficou quase mudo diante da beleza da rainha. “Acautalai-vos, senhor. Dizem que ela emprega a magia para se fazer amada pelos homens”, alertou o eunuco. Flertando com o rei, Balkis ceou com ele, lhe deu vinho de palmeira e confessou-lhe o que mais queria na vida: sentir medo. Vivendo cercada de proteção, não conhecia tal emoção humana. Assim, Baltasar, para fazer a vontade da amada, topou sair com ela pela cidade, vestidos como pobres. Entraram num “pé sujo”, onde comeram sem pagar e quase foram mortos numa briga de bêbados. Fugindo, acabaram capturados por saqueadores que iam vendê-los como escravos. E Balkis parecia muito satisfeita.


Durante uma tentativa de fuga, Baltasar levou uma facada e caiu quase morto. Foi quando o rei de Comagena apareceu para salva-los. Quinze dias depois, Baltasar acordou de seus delírios e, ainda hospedado no palácio, quis ver Balkis, que lhe tratou com frieza, mesmo depois de ter dito que o amava: “Não vos fez bem o vinho de palmeira. Estivestes sonhando, por certo”, disse. Sentido-se humilhado, Baltasar voltou à sua terra, e lá pediu a Sembobitis que lhe ensinasse todas as ciências, a fim de esquecer Balkis. Aprendeu especialmente astronomia, e disse ter achado uma estrela muito brilhante. Sabendo disso, Balkis, de orgulho ferido, foi ter com o rei, que curando-se dessa paixão ruim, ouviu o chamado da estrela: “Glória a Deus nos céus e paz na terra aos homens de boa vontade. Apanha uma medida de mirra, bom rei Baltasar, e segue-me. Eu te conduzirei aos pés do menino que acaba de nascer num estábulo, entre o asno e o boi. Esse menino é o rei dos reis. Ele consolará os que querem ser consolados (...) Ele te dirá: sê pobre com júbilo, essa é a verdadeira riqueza. Ele te dirá ainda: a verdadeira alegria está na renúncia à alegria. Ama
-me e não ames as criaturas senão em mim, porque somente eu sou o amor”.


                

E assim fez Baltasar. Seguindo a estrela, encontrou outros reis que lhe disseram: “Chamo-me Gaspar e vou levar ouro como presente ao menino”, “Chamo-me Melquior, e vou levar incenso à divina criança”. Baltasar respondeu que havia sido chamado porque conseguiu vencer sua luxúria. Gaspar disse ter vencido sua crueldade e Melquior, seu orgulho. Assim, redimidos, foram convidados a conhecer o menino-deus. Uma bela história com uma bela mensagem. Cada um de nós pode conhecê-Lo, mesmo carregados de pecados. Pois é Ele quem nos ensinará a verdadeira remissão.  

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16 dezembro 2014

SOB O PÉ DE JATOBÁS

                                  SOB O PÉ DE JATOBÁS

              No castelo do mago Merlin havia, no jardim, uma maravilha da mãe Natureza: um gigantesco pé de jatobás, fruto muito apreciado por todos que ali viviam. Acontece que não eram apenas as pessoas comuns que apreciavam a árvore. Duendes minúsculos habitavam o lugar, cuidando para que o jardim ficasse sempre bonito e acolhedor. Sob a árvore uma grande mesa era reservada para as visitas que ali chegavam . 


             Certo dia, estava Merlin sentado sob a sombra amiga da árvore, quando foi subitamente interrompido por sete fadas assustadíssimas. Elas falavam todas ao mesmo tempo, mostrando que estavam sem saber o que fazer. Merlin conseguiu fazê-las conter o nervosismo para contar o que as afligia. Uma delas começou a contar:
             _Merlin, estamos com muito medo. A bruxa Tenebrosa lançou-nos um terrível feitiço: se não encontrarmos a receita da sopa da memória dentro de sete dias, perderemos a memória. Se isso acontecer, não poderemos mais contar histórias para ninguém. Seremos simples criaturas mudas. O que podemos fazer? Precisamos de sua ajuda.
              O mago pensou por alguns momentos e finalmente disse:
               _ Queridas amigas, o problema é bem grave, mas acho que vocês não devem perder a esperança. Cada uma vai procurar a receita em sete lugares diferentes do mundo. Aquela que encontrar a receita virá imediatamente ao meu castelo para fazer a sopa que servirá às colegas. Rápido, partam para essa difícil missão.
              Assim, cada uma das sete fadas partiu em diferentes direções: andaram por sete mares agitados, por sete florestas escuras, por sete desertos escaldantes, por sete céus cheios de estrelas brilhantes, por sete cordilheiras cobertas de neve, por sete cavernas imensas e cheias de criaturas horripilantes e sete vulcões que cuspiam lavas incandescentes. No sétimo dia, no último vulcão, foi encontrada, dentro de um baú fechado por sete chaves, a receita da sopa da memória. Radiante de felicidade, a fada levou a receita até o castelo de Merlin. Uma das fadas era excelente cozinheira e,  com a ajuda do mago, ela preparou a sopa da memória. Prepararam a mesa sob o pé de jatobás e, ali reunidas as sete fadas e o mago Merlin saborearam a sopa milagrosa, que quebrava o encantamento da bruxa Tenebrosa.
                Os pequeninos duendes dançavam ao redor da árvore, as estrelas brilhavam mais fortes no céu límpido da noite, a alegria reinava entre as fadas, que agora poderiam continuar contando maravilhosas histórias por muitos e muitos anos. Todos riam felizes e até trocaram presentes para que a alegria fosse maior.

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14 dezembro 2014

AS SETE FADAS



                              AS SETE FADAS E A SOPA DA MEMÓRIA

             Essa história aconteceu há muito tempo, e conta as peripécias de sete fadas ameaçadas por uma bruxa muito má. Esta lhes lançou uma terrível maldição: perderiam a capacidade de contar histórias, se não encontrassem a receita da de uma sopa mágica.
             As sete fadas resolveram procurar o bruxo Merlin, pois este poderia ter a solução para o grave problema. Foram encontrá-lo em seu castelo encantado que ficava muito distante de qualquer lugar conhecido. Reuniram-se todos sob a copa de um majestoso pé de jatobá. A linda árvore espalhava seus galhos numa altura infinita, dando abrigo a milhares de aves e a minúsculos seres encantados: os duendes. Assim que se acomodaram , começou a troca de ideias, para resolver o grave problema. 


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             Estaremos contando, nos próximos dias, a maravilhosa história:

                          SOB O PÉ DE JATOBÁS

11 dezembro 2014

VOCÊ JÁ OUVIU?



                         VOCÊ JÁ OUVIU?

                 Há três noites que eu não durmo, lá, lá
Imagem Galo de Galo                 Pois perdi o meu galinho,lá, lá
                 Coitadinho, lá, lá
                 Pobrezinho, lá, lá
                 Eu perdi lá no jardim.

                 Ele é branco e amarelo, lá, lá
                 Tem a crista bem vermelha, lá, lá
                 Bate as asas, lá, lá
                 Abre o bico, lá, lá
                 Ele faz qui-ri-qui-qui.

                 Já rodei em Mato Grosso, lá, lá
                 Amazonas e Pará, ó lá,lá
                 Encontrei, ó lá, lá 
                 Meu galinho, ó lá, lá
                 No sertão do Ceará.

                  
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                 Como vocês podem notar, há uma pequena história nesta canção popular, bem antiga, por sinal.
                 Já cantaram alguma vez essa canção? 
                      

10 dezembro 2014

VAMOS CANTAR?



                                VAMOS CANTAR?

             Sabem aquelas canções de ninar ou cantigas de roda, que ouvimos, mas não refletimos o suficiente para concluir que são pequenas histórias? Com certeza nossas mães nos embalaram com elas; certamente as mães de hoje também embalam seus filhos; quase todas elas tem uma mensagem, algumas passam a sensação de aconchego, mas outras parecem até histórias de terror: boi da cara preta não é terror? A Cuca vem pegar não é terror? Mas ninguém deixa de cantá-las! As cantigas de roda não deixam por menos, mas são adoráveis.
                       
                   ATIREI O PAU NO GATO-TO-TO
                   MAS O GATO-TO-TO
                   NÃO MORREU-REU-REU
                   DONA CHICA-CA-CA
                   ADMIROU-SE-SE
                   DO BERRO, DO BERRO
                   QUE O GATO DEU: MIAAAAAAAAUUUUUUUUU!

                Pode ser até violência, mas as crianças normais não saem atirando o pau nos gatos, e divertem-se bastante com a brincadeira.

                  A GALINHA DO VIZINHO, BOTA OVO AMARELINHO
                  BOTA UM, BOTA DOIS, BOTA TRÊS, BOTA QUATRO, BOTA CINCO, BOTA SEIS, BOTA SETE, BOTA OITO, BOTA NOVE, BOTA DEZ!

                  Está aí uma pequena história que além de divertir, ajuda na contagem de um a dez.
   
                  Além desses dois exemplos, podemos lembrar muitas outras de domínio público:
                  O pastorzinho - Notas musicais
                  Ba-be-bi-bo-bu- noções do alfabeto
                  Ciranda, cirandinha- poesias ou versos
                  Periquito Maracanã - evoluções
                  Teresinha de Jesus
                  A canoa virou
                  Sapo cururu
                  Peixe vivo
                  Pintinho amarelinho
          
                 A lista é enorme! Algumas são regionais, mas grande parte é conhecida no país inteiro.
                  
                 

06 dezembro 2014

SABEDORIA POPULAR



                           SABEDORIA POPULAR

              Acredita-se que as pessoas mais criativas, inventam os provérbios, trovas, adivinhações, etc. 
              São tantos os textos que é praticamente impossível coletar todos, pois eles vão surgindo dia a dia. Há pessoas especialistas em formular ditos engraçados; quem ouve repassa e assim uma coisa puxa a outra e cai no domínio público. As adivinhações e charadas são uma delícia! Vejam algumas:

             Responda depressa: o gato caiu no poço; como ele saiu? ( Molhado, é claro)

             O que é preciso para apagar uma vela?  (  Que ela esteja acesa )

             Quem é que consegue parar um carro com uma só mão?  ( O guarda de trânsito )

             O que é, o que é: não tem pernas mas anda?  ( Sapato )

             O que é, o que é: não está dentro, nem fora da casa, mas sem ela a casa não fica completa?  ( Janela )

              O que é, o que é: tem centro, mas não tem começo nem fim?  ( Círculo )

              O que é: tem quarenta cabeças mas não pode pensar?  ( Caixa de fósforos )




              O que é, o que é mesmo?
              Quero ver se vai saber,
               Está bem na sua frente,
               Mas você não pode ver?   ( O futuro )

,
                                                          Não tem pescoço e é caçado
                                                          Por ser gostoso, se come.   ( 
                                                           Constelação tem seu nome,
                                                          Não tem pescoço e é caçado
                       Caranguejo )
                                   
               O que está fora se joga fora,
               Cozinha o que está dentro, 
               Come o que está fora,
               Joga fora o que está dentro.    (  Espiga de milho )


                                          Você sabe mais algumas?

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