30 setembro 2014

SETEMBRO DE 2014


                                Setembro já se foi! O ano corre como um coelhinho assustado! Mas temos muito o que falar do mês que se passou.
                                Tivemos o prazer de receber na Sala de Contos as crianças da Emef. Prof.ª Orane Avelino de Souza, da Creche Júlio Marcondes de Moura, Emef. Prof. João Crisóstomo, Emei. Prof.ª Dinalva Peron, Emei. Irmã Josefa, de Jafa, Emef. Sílvio Sartori ( esta da zona rural de Garça), Creche Maria Leonor, Emef Prof. Edson José Puga, Emei. Marie Sofie, Emef. Prof.ª Cláudia Aronne e Emef. Hatsue Toyota, com agendamentos nos períodos da manhã ou da tarde, toda segunda-feira. Atendemos aproximadamente 650 pequenos ouvintes, que deixaram a sala de contos animadíssima em todas as sessões. 
                                Os quatro brâmanes e o leão, A menina que queria tocar as estrelas, Os três desejos, O sapo Bocarrão, Como surgiram os vaga-lumes, A Mãe d' água, O bode e a onça, O rei que queria a lua, O gato e o papagaio, A galinha Ruiva, Pinóquio, O que tem dentro de sua fralda, Eram dez girinos, O porco narigudo, O ratinho medroso foram algumas das histórias que encantaram a criançada. Como vocês sabem, as histórias contadas são de acordo com a faixa etária.
                                Assim sendo procuramos sempre diversificá-las, pois as crianças querem histórias novas.
                                Mesmo assim, muitas vezes a turminha quer repetição de alguma, já conhecida. Na história da galinha Ruiva, quase que a sala veio abaixo, com a participação da turma que veio da  Emef. Sílvio Sartori. 
                               Mais uma vez, o Grupo Pirlimpimpim agradece o empenho dos professores, em trazer seus alunos para uma atividade que estimula o gosto da leitura, fora da sala de aula.
                               Mais uma vez, também, convidamos a todos que queiram  passar algumas horas diferentes, ouvindo as nossa contações, trazendo filhos ou netos, ou simplesmente para conhecer nosso trabalho. 
                             A Sala de Contos está aberta para todos! Ficaremos felizes em recebê-los!
                              
                               




                               
                               




28 setembro 2014

AS APARÊNCIAS ENGANAM.



                                 AS  APARÊNCIAS  ENGANAM

          As histórias em forma de fábulas, trazem mensagens que demonstram que as sociedades, tanto de hoje, como de milhares de anos atrás, não mudaram quase nada, ou nada mesmo. 

                Um burro, certa vez vez, achou uma pele de leão. Imaginou que poderia fazer uso dela para pregar sustos nos distraídos que encontrasse pelo caminho.
                Não demorou muito e encontrou a primeira vítima: uma raposa. Aproximou-se dela,cautelosamente e tentou rugir como um leão.
                Mas acontece que burro não ruge, apenas zurra. E a investida do burro só serviu para a raposa dar gostosas gargalhadas e zombar do infeliz:
                _Amigo burro, não fosse pela sua voz até ficaria assustada pelo seu disfarce, mas já ouvi tantas vezes seu zurro, que só posso dizer que seria melhor que ficasse calado, e que não finja ser o que não é. 

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25 setembro 2014

INDICAÇÃO DE LEITURA


               Colaboração de Veridiana Sganzela Santos , jornalista que escreve para o jornal Comarca de Garça, toda quinta-feira, comentários sobre alguma obra literária. Desta vez, ela comentou sobre um livro de Clarice Lispector.

Indicação de Leitura - Veridiana Sganzela Santos - O grande passeio

25/09/2014

“Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento” - Haya Pinkhasovna Lispector (1920 - 1977)



Solidariedade e egoísmo. Respeito e pouco caso. Amor e indiferença. Antagonismos tão presentes na raça humana e que a Literatura sempre faz questão de “dedar” quando o sentimento errado se manifesta na hora errada, mostrando o quanto ainda temos que nos depurar.

Acho que nunca em outros tempos se exigiu tanto o respeito pelos outros: crianças, mulheres, retirantes, negros, deficientes, homossexuais, idosos - sempre alvos de preconceito e maus tratos. E o curioso é que temos que exigir o respeito - raramente ele vem de graça. Custa tanto assim respeitar alguém que não é exatamente igual a nós? Quando criança, era comum os pequenos até apanharem dos adultos caso faltassem com respeito com os mais velhos. No Japão há até o Dia do Idoso, quando o país interrompe tudo só para reverenciar seus ancestrais. Vivemos dizendo que os mais velhos são símbolo de sabedoria e experiência, mas na prática não levamos isso muito a sério.

Neste conto, Clarice Lispector conta sobre uma senhorinha “sequinha”, sozinha no mundo, nascida no Maranhão; foi perdendo a família aos poucos, uma “boa senhora” prometeu interná-la num asilo do Rio de Janeiro, mas mudou de planos e deixou a velha ao Deus-dará com um pouco de dinheiro. A senhorinha, Mocinha (de nome real, Margarida), acabou indo parar numa casa de família, onde às vezes riam dela, do seu jeito “bicho do mato”, mas sempre a deixavam de lado, ignorando-a a maior parte do tempo. Achavam estranho seu hábito de passear pela casa. Um dia se encheram e a mandaram para um parente em Petrópolis. O filho da família levou a velhinha de carro, e ela, inocente (como um cãozinho cujos donos prometem passeio mas o levam ao veterinário), foi admirando tudo, gostando muito do trajeto, sem imaginar que novamente estava sendo descartada. O rapaz não teve nem a delicadeza de descer com ela. Despachou a velhinha e foi embora. Lá, uma “alemoa” a recebeu com frieza. Enquanto ela e o filho se regalavam com comida, a velhinha pedia um golinho de café com os olhos, só um cafezinho. Nem isso lhe deram, apesar de sua visível fraqueza. Ao invés de disso, o dono da casa disse irritado que ali não era asilo. Deu-lhe um pouco de dinheiro e mandou-a pegar um trem de volta pro Rio.

A velhinha só teve forças para dizer “Obrigada. Deus lhe ajude” e saiu pela estrada. Não foi até a estação. Queria passear antes, pela bela estrada de Petrópolis. O sol forte batendo nos seixos brancos lhe machucavam os olhos e ela “via” seu passado como um filme. Tomou um pouco de água fresca numa fonte, sentou-se numa pedra em baixo de uma árvore, e despedindo-se do passeio, encostou a cabeça no tronco e morreu. Uma situação que até parece meio romântica pelas letras de Clarice, é uma constante por todo esse país. Quantas e quantas Mocinhas há espalhadas por aí, sendo tratadas como estorvos e morrendo sozinhas?

Creio que o morrer, para Mocinha, tenha sido seu verdadeiro grande passeio, ao livrar-se da indiferença dos outros. Indiferença que, em tempos de eleição como este, transforma-se em bondade, preocupação e bandeiras de campanha. Que país de mentirosos. Às vezes invejo muito a ignorância destas Mocinhas...

22 setembro 2014

A ASSEMBLEIA DOS RATOS- UMA FÁBULA ATUAL




                                       

                UMA FÁBULA PARA OS DIAS ATUAIS


                A ASSEMBLEIA DOS RATOS                                          

                No porão de uma velha casa, um grupo de ratos reuniu-se para uma importante decisão: encontrar uma forma de livrar-se de um gato, que já havia matado muitos deles.
                Muitas sugestões e planos foram apresentados, mas nenhum aceito, pois apresentavam falhas. Mas, um jovem rato levantou-se, e  pediu a palavra:
                _Eu sugiro que penduremos um guizo no pescoço do gato, pois assim quando ele estiver se aproximando, ouviremos o som e poderemos fugir rapidamente.
                O ratinho foi aplaudido alegremente e muito elogiado pelos presentes, menos por um velho rato, que estava no fundo do porão. Ele pediu a palavra e falou:
                _Considero o plano excelente e engenhoso. Tenho certeza de que terá pleno êxito se for executado. Mas restou-me uma dúvida: qual será o herói corajoso que irá pendurar o guizo no pescoço do gato?
               Ao ouvir a pergunta do velho rato, a reunião foi encerrada, pois não apareceu nenhum candidato para realizar a façanha.

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               Já ouviram esse refrão?

               FALAR É FÁCIL; FAZER É QUE SÃO ELAS!

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19 setembro 2014



                 Mais uma vez, hoje  vamos transcrever um texto de nossa colaboradora Veridiana Sganzela Santos, jornalista que escreve todas as semanas um artigo no jornal Comarca de Garça. Ela nos instiga a procurar ler os livros comentados. E como ler é um prazer, ela nos deixa curiosos e tentados a usufruir as leituras indicadas. 

                   

Indicação de Leitura - Veridiana Sganzela Santos - O peru de Natal

18/09/2014
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“Não devemos servir de exemplo a ninguém. Mas podemos servir de lição”. Mário Raul de Morais Andrade (1893 - 1945)



Ainda estamos em setembro, mas em alguns cantos já se ouve falar em Natal. “Faltam 100 dias para o Natal!”, comemoram os facebookianos. E isso já começa a me chatear. Não pela data em si, pela lembrança essencial do que se festeja - pelo amor de Deus! Me chateia essa antecipação pela comilança, pela bebelança, pelos presentes, por toda aquela agitação que para mim já perdeu seu encanto. Admito que ando meio seca em relação a alguns festejos, e isso me remeteu a este conto de Mário de Andrade.

Ali temos um rapaz com sua família, que depois de cinco meses da morte de seu pai, vai celebrar o Natal. E ele quer que este Natal seja diferente. Seu pai, apesar de homem bom, honesto, mantenedor da paz dentro de casa, era seco, “cinzento”. E todos os Natais em sua companhia eram igualmente acinzentados. A família, burguesa modesta, era privada de alguns pequenos regalos da vida, não por miséria, mas por achar que não era digna deles: “um bom vinho, uma estação de águas, uma geladeira, coisas assim. Meu pai fora de um bom errado, quase dramático, o puro sangue dos desmancha-prazeres”, define.

Assim, o jovem anunciou sua “loucura” de Natal: naquele ano, queria comer peru. E tomar cerveja. Sim, loucura, pois com o pai, todos assistiam à Missa do Galo, fartavam-se de castanhas, figos e passas (tudo seco, como ele) e iam se deitar. A mãe, a tia e a irmã, se entreolharam com ares de “será que devemos?”, pois ainda estavam em luto, mas se renderam a essa loucura do filho. Ele queria que elas, desta vez, celebrassem com dignidade e alegria a vinda de Jesus e uma espécie de “libertação”. Elas mereciam. E nada de chamar parentes! Essa loucura de Natal era só para eles. O peru - o único morto a ser celebrado, ao invés da figura do pai, virou o elo feliz que unia todos ali. E, pela primeira eles vez tiveram um Natal feliz, não pela comida literalmente, mas pela “ousadia” de saírem da sombra do patriarca, de se permitirem extravasar. O momento de união foi usado para perdoar a secura do pai e elogiar a vida dura que ele levou para manter a família.

Agora, na vida real, sigo o caminho inverso. Tive Natais ótimos, deliciosos, alegres. Natais que são o sonho de toda criança. Só que com uns anos a mais e familiares a menos, o encanto se quebra. É óbvio que a razão de tudo, o nascimento de Jesus (que nem nasceu em dezembro) é o centro de tudo. E isso permanece vivo. O que me irrita é esse faniquito que já em setembro deixa todo mundo meio bobo. Então, acho que faço mais o gênero do pai do narrador do conto. Para receber Jesus, nada de firulas, nada de exageros, montanhas de comidas ou papéis de presente soltos pela casa. Afinal, Jesus nasceu pobre, viveu pobre e morreu pobre. Qual a melhor maneira de homenageá-lo, senão sendo um pouco mais como ele e um pouco menos como nós mesmos?


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17 setembro 2014

O CASTIGO DA TARTARUGA



                       Muitas vezes nos deparamos com algumas indagações, que mesmo sendo engraçadas, nos fazem refletir. A natureza nos fornece muitos motivos para reflexões, como este:

                                     O CASTIGO DA TARTARUGA

                    Nos velhos tempos, a tartaruga morava numa toca e, o seu corpo era livre da carapaça. Mas ela possuía um grande defeito: era muito, mas muito mesmo, preguiçosa. 
                    Certo dia, ela recebeu um convite: era o convite de casamento do grande deus Júpiter.
Ele convidou todos os seres vivos para uma grande festa. Todos se apressaram, para não chegar atrasados à festa, mas a tartaruga não apareceu, para o começo do jantar. Chegou, calmamente, horas depois, quando a festa estava para terminar.
                   Júpiter, furioso, perguntou:
                   _Por que você chegou tão tarde?
                   _Eu estava tão bem na minha casa, tão confortável, descansando e vendo o tempo passar, que fiquei sem vontade de sair. 
                    Júpiter não gostou da resposta da tartaruga, que preferia uma toca, ao seu jantar e, muito zangado, falou:
                    _Pois muito bem, dona tartaruga, se você gosta tanto assim de sua casa, daqui em diante há de carregá-la sempre às costas.
                    É por isso que, até hoje, as tartarugas carregam a casa às costas.

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                    A PREGUIÇA ENCONTRA O SEU PRÓPRIO CASTIGO.

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                  Essa é mais uma das fábulas de Esopo, dando uma lição de moral.

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16 setembro 2014



                                               BONS MOMENTOS

            Temos, em nossas sessões de contos, momentos que nos levam a levar, mais e mais vezes, esse voluntariado adiante. 
            O sorriso das crianças mostra que elas estão felizes ao ouvir as histórias; elas comentam com os colegas, dão sugestões ao contador e demonstram que estão torcendo para que tudo acabe bem.
            Os adultos, também, não decepcionam: ficam com olhares sonhadores, embevecidos e no final das contações mostram, que por um breve espaço de tempo, voltaram a ser crianças, livres dos problemas que os afligem. Voltam a sonhar! Muitos, emocionados ou empolgados, nos agradecem esses bons momentos que puderam vivenciar.
           Gostaríamos de poder repartir esses momentos por muito tempo ainda; gostaríamos de ter mais contadores em nosso grupo e a sala de contos sempre cheia, toda segunda-feira.
           Sempre é bom sonhar e, todo contador de histórias é um sonhador inveterado!
           Para vocês, que nos curtem, mais uma fábula de Esopo:

                                              A MENINA DO LEITE

           Por uma estrada do campo, uma menina caminhava rapidamente, carregando uma jarra de leite, que havia ordenhado de sua vaquinha. Ela equilibrava a jarra, com todo o cuidado, na cabeça.Como ia a pé, e o caminho era um tanto longo, ela começou a imaginar planos, para o dinheiro que conseguisse pelo leite:
          _Vou vender esse leite por um bom preço. Com o dinheiro comprarei dez galinhas poedeiras; com seus ovos chocados, nascerão cem pintinhos que se tornarão frangos e galinhas; deles venderei a metade e, com o dinheiro comprarei um vestido novo. Como sou muito bonita, serei cortejada pelos rapazes mais bonitos da região, mas eu não aceitarei nenhum, levantando a cabeça e acenando um "não", bem firme.
          Ora, quando a menina balançou a cabeça, a jarra que equilibrava despencou e quebrou-se no chão, esparramando todo o precioso leite, que foi sugado pela terra, levando junto, os planos e sonhos felizes dela. 

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          Não conte com os ovos, antes de a galinha botar.

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           Talvez a menina tenha mesmo pensado isso. A sabedoria popular encarregou-se de eternizar esse refrão.

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14 setembro 2014


                              CONTRA ESPERTEZA, ESPERTEZA E MEIA

            Era uma vez , dois amigos que viajavam por uma floresta: um galo e um cão. Chegou a noite e, resolveram parar para dormir. O galo aninhou-se no alto de uma árvore, e o cão achou, no tronco da mesma, um oco, onde pode acomodar-se confortavelmente.
           Dormiram, tranquilamente a noite inteira e, pela manhã, o galo fez sua saudação habitual a aurora: cantou bem alto, várias vezes. Mas o seu canto despertou uma raposa que vivia nas proximidades, e que prevendo um ótimo almoço, correu na direção da árvore.
           Muito esperta, ela imaginou um plano para pegar a ave, que estava bem longe do seu alcance: começou a elogiar a voz do galo:
           _ Que linda voz, amigo galo! Venha cantar aqui perto de mim! Assim poderei cumprimentá-lo adequadamente. Desça, por favor!
           _ Amiga raposa, que prazer ouvir seus elogios! Desço, sim, mas primeiro peça ao porteiro, aí embaixo que ele abra a porta. 
           A raposa sem desconfiar da esperteza do galo, bateu no tronco e acordou o cão, que imediatamente avançou e deu cabo dela. Depois, o cão e o galo, seguiram tranquilamente a sua viagem.

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           Essa é uma pequena lição bem apropriada, para todos nós, que devemos estar atentos aos golpes dos vigaristas, que procuram enganar os incautos, com promessas mirabolantes.

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11 setembro 2014

LER É BOM DEMAIS!



                                             LER É BOM DEMAIS!

                 Como contadores de histórias, nós, do Grupo Pirlimpimpim, viajamos nas asas da imaginação proporcionadas pelos  livros, frequentemente. E não poderia ser diferente.
                          Afinal, onde os contadores podem encontrar milhares de novas histórias? Nos livros, é claro.,
                 Através dos livros podemos obter cada vez mais conhecimento e aumentar nossa cultura. 
              Resultado de imagem para Biblioteca de Garça-SP   Quem lê pensa melhor, escreve melhor, tem mais assuntos para conversar e trocar ideias, além de ser mais criativo. Não é pouco!
Resultado de imagem para Biblioteca de Garça-SP                 Garça tem uma Biblioteca Municipal que é referência no estado, entre outras bibliotecas excelentes. Seu acervo é respeitável! Mais de trinta mil livros para público adulto e mais de quatro mil livros infanto-juvenis, além da gibiteca, que podem ser locados de forma muito fácil, bastando tornar-se sócios, sem ter despesa nenhuma. Aliás, o lucro vem em seguida, na forma de mais cultura.
                 Vale a pena  fazer uma visita nas salas da Biblioteca.  O atendimento é ótimo, o ambiente é acolhedor e alegre. 
                 O Grupo Pirlimpimpim tem orgulho de poder realizar o trabalho de contação de histórias na Sala de Contos, toda segunda-feira.
                 Aliás, convidamos a todos para assistir nossas sessões de contos. Apesar de termos as classes agendadas, é um grande prazer receber visitas para ouvir nossas histórias.
                              
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10 setembro 2014

PARA CRIANÇAS DE 2 A 5 ANOS


                                      PARA CRIANÇAS DE 2 A 5 ANOS


                     Uma história que as crianças menores gostam, é : A Galinha Ruiva. 
                    Ela tem facilidade para usar recursos, é conhecida e tem uma mensagem bem clara: a solidariedade. 
                     Conforme vamos contando,os personagens são apresentados na forma de bichinhos de pelúcia, fantoches, gravuras ou até data show. Cada personagem pode ter o som de sua voz imitado pelas crianças, animando mais ainda a contação.
                      Vale a pena contá-la!

09 setembro 2014

PARA CRIANÇAS DE 2 A 5 ANOS



                                        PARA CRIANÇAS DE 2 A 5 ANOS

              Quando preparamos uma história, temos o cuidado de adequá-la à faixa etária de quem vai ouvi-la; mesmo assim, às vezes a mesma história pode ser contada para crianças de idades bem diferentes.
               Para crianças de 2 a 5 anos, as histórias podem ser as mesmas, com ligeiras adaptações.
               As crianças menores apreciam histórias cantadas, de animais de estimação, com movimentos e sons feitos por elas, com apresentação de fantoches, brinquedos conhecidos,etc.
               A voz do contador deve cativar os pequenos ouvintes, sendo suave sem ser baixa, mas que prenda a atenção. Elas gostam muito de histórias apresentadas com livros que tenham figuras atrativas, com origamis(Pop ups) e até sons. 
               Temos contado a história do Sapo Bocarrão e do Pinóquio, que fazem a alegria das crianças.
Vamos lendo ou falando a história, mostrando as imagens, bem devagar, para que todos vejam as imagens e escutem os prováveis sons. Pedimos que as crianças façam sons semelhantes aos dos animais que aparecem, por exemplo. Elas irão imitar o miado do gato e verão a figura do gato. Farão movimentos de imitação de certas situações das histórias e, assim se empolgarão com elas.
             
                                                         O Sapo Bocarrão
             
                Era uma vez um sapo, muito alegre que vivia à beira de uma lagoa.
                Ele tinha olhos bem grandes (as crianças podem arregalar os olhos), coaxava bem alto(croac,croac), mas sua boca era ENORME (abrem a boca). Sua boca era tão grande, que era chamado de Bocarrão.
                O sapo Bocarrão nadava na lagoa( imitar braçadas na água) e depois saia para passear e comer sua comida predileta: mosquitos.
                Bocarrão abria a boca, esticava sua língua comprida e pegajosa e... nhoct, comia um mosquito.
                Certo dia ele se encontrou com o ratinho e falou:
                _ Olá, amigo rato, eu gosto de comer mosquitos. E você?
                _ Eu gosto de comer sementes bem sequinhas. (imitar o som do ratinho)
                O ratinho foi embora e Bocarrão continuou passeando. Encontrou-se com o passarinho e falou:
                _ Olá, passarinho, eu gosto de comer mosquitos.E você?
                _ Olá Bocarrão, eu gosto de frutinhas bem maduras. (imitar o piado do passarinho)
                O passarinho foi embora e Bocarrão continuou passeando. Mas, de repente ele levou um grande susto. Um enorme jacaré apareceu, abrindo sua boca cheia de dentes agudos. Bocarrão, mesmo assustado,falou:
                _ Olá, amigo jacaré, eu gosto de comer mosquitos. E o senhor?
                _ Eu gosto de comer sapos gordos e de boca bem grande!
                Bocarrão murchou a barriga, fez biquinho e falou para o jacaré: 
                _Pois é, seu jacaré, aqui na lagoa não tem sapo assim, não!
                Bocarrão falou isto e no mesmo instante mergulhou na lagoa, tão depressa que o jacaré não pode pegá-lo, ficando ali de boca aberta.
            
                                          
                                                        ********************

                E acabou-se a história, morreu a vitória,entrou por uma porta e saiu pela outra , quem quiser que conte outra.
  
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08 setembro 2014

O REI QUE QUERIA A LUA



                            Esta história é muito apreciada pelas crianças de 6 a 8 anos. Elas se divertem, fazem sugestões e conseguem imaginar o desfecho. A história é esta:

                       O REI QUE QUERIA A LUA
             Era uma vez um rei muito mimado; ele era assim desde pequeno, quando ainda era um principezinho, que fazia manha sempre que lhe recusavam alguma coisa. Cresceu mimado e tornou-se um rei mimado. Se alguém lhe recusasse um pedido seria preso e castigado.
            Certa noite, o rei estava `a janela do seu quarto, olhando o céu cheio de estrelas e com a lua cheia que brilhava linda como nunca. De repente ele começou a gritar desesperado. Vieram todos os ministros, correndo, para saber o motivo de tanta gritaria. O rei gritava e esperneava, como uma criança mal educada:
            _ Eu quero a lua para mim! Quero ir buscá-la!
            Os ministros lhe respondiam:
            _ Mas majestade, isso é impossível! A lua está muito longe daqui! Não sabemos como chegar lá!
           Mas o rei birrento gritava mais ainda:
           _Eu quero, eu quero, eu quero! Vocês tem que dar um jeito!
           Depois de muita gritaria, um dos ministros teve uma ideia, maluca mesmo, para ver se o rei sossegava:
           _Majestade, podemos fazer uma torre bem alta, usando os móveis do palácio; assim o senhor chegará até a lua!
           _Gostei da sua ideia, senhor ministro; vamos começar pegando a mesa de banquetes, que é bem grande.
          Assim, foi aquela correria no palácio; cadeiras, mesas, sofás, camas e armários foram sendo empilhados no pátio do castelo, formando uma torre bem alta. Mas, os móveis do palácio se acabaram, e o rei ordenou que pegassem os móveis de todos os súditos do reino. A torre cresceu mais ainda, mas não tinha chegado à lua. Cortaram as árvores do reino, fizeram mais móveis e o rei achou que poderia subir, pois a torre já estava bem alta, chegando nas nuvens. 
         E ele, muito teimoso, começou a subir, cada vez mais alto. Chegou bem pertinho da lua, mas fastava um pedaço. Então ele gritou para seus ministros na Terra:
         _Mandem mais uma mesa! 
         Na Terra, os ministros gritaram:
         _Acabaram-se os móveis, majestade!
         O rei olhou para a Terra e gritou:
         _Peguem a mesa de banquetes, que é bem grande!
         Os ministros obedeceram e puxaram a grande mesa de banquetes, mas... a torre começou a balançar, balançar e balançar! O rei, lá em cima, perdeu o equilíbrio e foi caindo, caindo, caindo...
         Na Terra, os ministros, alarmados com a queda do rei, colocaram muitas almofadas e colchões no chão, e o rei, com um grande barulho, caiu sobre eles.
         O rei não morreu, mas quebrou-se todo. Depois deste dia ele nunca mais teimou ou fez birra!

         E acabou-se a história, morreu a vitória, entrou por uma porta e saiu pela outra, quem quiser que conte outra!

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06 setembro 2014

NOSSOS ERROS



                                                        NOSSOS ERROS

                   Temos, todos nós, momentos em que cometemos alguma falta, mas é mais fácil perceber os erros do próximo. Faz parte da natureza humana, querendo ou não. Mas até os mais santos podem cair nesse pecado; como acontece nesta pequena história:

                VOTO DE SILÊNCIO

                   Certa vez, quatro monges, estando num retiro, combinaram fazer o sacrifício de ficar apenas meditando, sem falar uma única palavra, durante uma semana, demonstrando com essa atitude, que eram dignos seguidores de seu mestre.
                   O local em que estavam tinha, à noite, apenas a luz de uma vela; na primeira noite do recolhimento, a chama da vela começou a tremular, devido ao vento que soprava levemente. Foi quando, de repente, um dos monges sussurrou:
                   _Oh,não, parece que a vela vai apagar-se!
                   _Silêncio! Não devemos falar!
                   Mas o terceiro monge ralhou:
                   _Parem de falar!
                   O quarto monge, logo em seguida, gritou:
                   _ Sou o único que está quieto até agora!

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05 setembro 2014

O OURO DO AVARENTO



                                            O OURO DO AVARENTO

                            Esta é mais uma fábula atribuída a Esopo, escravo de um cidadão de Samos, ilha grega e que viveu no final do século VII A.C. A escravidão nunca foi exclusiva dos negros da África, mas praticada desde tempos imemoriais, após guerras, onde os vencidos tornavam-se escravos dos vencedores, fossem brancos, pretos, amarelos vermelhos ou azuis. Podiam ser até crianças e mulheres. Os sequestros também sempre foram comuns, em todos os tempos. Pessoas desapareciam para nunca mais serem vistas... Mas, voltando a nossa fábula, ei-la:

                        Certa vez, um homem conhecido por sua avareza, vendeu tudo o que possuía. Conseguiu muito dinheiro que usou para comprar ouro. Esse ouro foi fundido numa única barra de ouro maciço, resplandecente e pesadíssima. 
                        Com receio de deixar a preciosidade em sua casa, o avarento levou a barra de ouro para uma floresta. Procurou um lugar que achou mais seguro e enterrou-a. Porém, para ficar feliz, ia todos os dias até a floresta, no local do esconderijo, e ficava admirando o seu tesouro.
                        Mas, o que o avarento não sabia,é que um ladrão estava seguindo seus passos, para descobrir o esconderijo do tesouro. Certo dia, depois que o avarento foi embora da floresta, o ladrão desenterrou a barra de ouro e fugiu.
                       Quando, no dia seguinte, o avarento descobriu o roubo, quase ficou louco com a perda.  Chorou, gritou de desespero, foi denunciar o roubo ao chefe da polícia, mas nada adiantou. Um vizinho dele, ao saber da história, perguntou-lhe:
                       _Por que tanto alarido? Por que o desespero? O ouro que você enterrou na floresta era o mesmo que uma pedra qualquer, pois não tinha nenhuma serventia, além de ser olhado. Você não soube usá-lo e agora o perdeu para sempre!

                      Moral da história: 
                      
                      As riquezas devem ser usadas e não apenas olhadas.



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