12 julho 2014

O HOMEM QUE NÃO CONHECIA HISTÓRIAS- Primeira parte

   
                   Parece que houve uma falha na postagem da primeira parte da história: O HOMEM QUE NÃO CONHECIA HISTÓRIAS, portanto vamos recontá-la:
     
         Era uma vez um homem chamado Brian. Ele cortava juncos e com eles trançava cestos. Um ano, um mau ano por sinal, faltaram juncos na região. Só eram encontrados em um vale, que diziam ser habitado por criaturas perigosas.
        Brian decidiu apanhar os juncos no fundo do vale, e partiu para o local. Em pouco tempo, cortou um bom feixe de juncos, mas quando estava amarrando-os, uma grossa névoa formou-se à sua volta. Resolveu esperar e adormeceu ali. Quando acordou, assustado, o ar continuava sombrio e estava tão frio, que não sentia nem os dedos das mãos.
         Ele se levantou, olhou para os lados e avistou uma luz. Tremendo muito, caminhou em direção dela. Chegou a uma casa, abriu a porta e viu um casal de idosos sentados em frente à lareira. Os dois o cumprimentaram, e Brian sentou-se entre eles. Conversaram sobre como ele havia chegado até ali, e pediram que Brian contasse uma história. Brian respondeu:
         _Não posso; se há uma coisa que não sei fazer, é contar histórias.
poco-imagem-animada-0022         _Você não sabe nenhuma história?
        _ Nenhuma história.
        O casal trocou um rápido olhar e a mulher disse:
        _Então faça uma coisa útil. Vá buscar um balde de água do poço.
        _Faço qualquer coisa, menos contar uma história.
        Ele apanhou o balde e foi enchê-lo. Colocou o balde sobre o muro do poço, mas nesse momento formou-se um ciclone, que levantou Brian no ar. Ele foi carregado pelos ventos, e quando voltou ao solo não viu mais nem a casa , nem o poço e nem o balde.
        Cambaleando, depois de um tempo, chegou a outra casa, maior do que a primeira. Também estava iluminada, e Brian novamente resolveu entrar. Na sala de entrada viu um morto sendo velado. Havia uma fileira de homens sentados de costas para a parede dos fundos e outra fileira de homens diante da parede da frente. Diante de uma lareira, estava sentada uma jovem de cabelos negros, longos e cacheados. Cumprimentou Brian pelo nome, e o convidou a ficar ao seu lado.
         Timidamente, Brian sentou-se. Um momento depois um homem alto e forte levantou-se e disse:
          _É uma vigília bem triste a desta noite. Deveríamos procurar alguém que tocasse alguma coisa, para todos dançarem.
          _Ah- disse a jovem de cabelos longos- Não é preciso procurar, pois temos aqui, esta noite, o melhor violeiro de todo o país. É Brian.
          _Eu não posso- disse Brian- se há uma coisa que não sei fazer neste mundo é tocar violão.
          _ Você não sabe tocar violão?
          _Nem violão, e nem qualquer instrumento.

         
       
         
       

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