07 julho 2014

Mais histórias


                                                           MAIS HISTÓRIAS

               Como somos contadores de histórias, não é possível passar um dia sequer, sem prestar atenção em alguma, seja lendo ou ouvindo. Esta que iremos contar aqui no blog, foi encontrada numa pasta onde se encontram muitas outras- mania de contador de histórias, é colecionar histórias em pastas, ou guardar livros e mais livros, além de ir à biblioteca- mas essa já é outra história.
               Por ser um tanto longa, essa será dividida em partes, mas vale a pena conhecê-la:

                                O HOMEM QUE NÃO CONHECIA HISTÓRIAS  _  1ª parte

               Era uma vez, um homem chamado Brian. Ele cortava juncos e, com eles trançava cestos. Um ano, um mau ano, faltaram juncos na região. Só eram encontrados em um vale, que diziam ser habitado por criaturas perigosas.
               Brian decidiu apanhar os juncos no fundo do vale e partiu para o local. Em pouco tempo, cortou um bom feixe de juncos, mas quando estava amarrando-os, uma espessa névoa formou-se a sua volta. Resolveu esperar, e adormeceu ali. Quando acordou, assustado,o ar continuava sombrio e estava tão frio que já não sentia nem os dedos das mãos.
               Ele se levantou, olhou para um lado, olhou para o outro lado e avistou uma luz. Tremendo muito, caminhou em sua direção. Chegou a uma casa, abriu a porta e viu um casal de idosos, sentados em frente `a lareira. Os dois o cumprimentaram, e Brian sentou entre eles. Conversaram sobre como ele chegara até ali, e pediram que Brian contasse uma história; mas Brian respondeu:
              _ Não posso; se há uma coisa que não sei fazer neste mundo, é contar uma história.
              _ Você não sabe nenhuma história?
              _Nenhuma história.
              O casal trocou um rápido olhar e a mulher disse:
              _Então faça alguma coisa de útil. Vá buscar um balde de água, no poço.
              _Faço qualquer coisa, menos contar uma história -  respondeu Brian.
              Ele pegou o balde e foi enchê-lo. Colocou o balde sobre o muro do poço, mas nesse momento, formou-se um ciclone que levantou Brian no ar. Ele foi carregado pelos ventos, e quando voltou ao solo, não viu mais nem a casa, nem o poço e nem o balde.
              Cambaleando, depois de um tempo, chegou em outra casa, maior que a primeira. Também estava iluminada e Brian, novamente, resolveu entrar. Na sala de entrada viu um morto sendo velado. Havia uma fileira de homens sentados de costas para a parede dos fundos, e outra fileira de homens diante da parede da frente. Diante de uma lareira, estava sentada uma jovem de cabelos negros, longos e cacheados. Cumprimentou Brian pelo nome e o convidou a ficar ao seu lado.
              Timidamente, Brian sentou-se. Um momento depois, um homem alto e forte, levantou-se e disse:
              _É uma vigília bem triste a desta noite. Deveríamos procurar alguém que tocasse alguma coisa para todos dançarem.
              _Ah - disse a jovem de cabelos longos- Não é preciso procurar, pois temos aqui, nesta noite, o melhor violeiro de todo o país. É Brian!
                                                  
                                                 ( fim da 1ª  parte )

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