11 julho 2014

A PRIMAVERA DA LAGARTA


                                                    A PRIMAVERA DA LAGARTA

                Era uma vez,uma lagarta que morava num tronco de uma árvore. A pobre lagarta era muito feia, e os bichos da floresta sempre caçoavam dela. A cigarra falava:
                _Mas como você é preguiçosa, lagarta!
                Como se ela não fosse! A formiga que o diga!
                _Como você é feia! - Falava a tartaruga.
                Como se ela, a tartaruga não fosse horrorosa.
                _Isso não pode continuar! Essa lagarta é uma gulosa, que come todas as folhinhas mais tenras. Não há comida que chegue! Gritava a formiga, que queria que sobrasse mais folhinhas para ela.
                _Abaixo a lagarta! Vamos acabar com ela! Disse o gafanhoto.
                _ Abaixo a feiura! Gritava a feia aranha.
                E lá se foram todos os bichos atrás da lagarta, cantando e marchando:
                _Um, dois, feijão com arroz! Três, quatro, feijão no prato!
                A lagarta, coitada, ficava muito triste, sem saber o que fazer. A única coisa que ela sabia fazer, era comer as folhinhas das árvores.
                Mas, um dia, a primavera chegou. Por toda parte havia flores. Até parecia festa! Os passarinhos cantavam. As borboletas de todas as cores, muitas e muitas, de todos os tamanhos, borboleteavam pela mata...
               Porém a lagarta, que estava mais triste ainda, por ser tão feia e desajeitada, começou a fazer uma capa. Depois que acabou, a lagarta entrou nessa capa e ficou escondida. E os dias se passaram... 
               Assustados, os outros bichos olhavam a lagarta, agora enrolada na capa que fizera, e pendurada num galho da árvore.
               Passados alguns dias, numa bela manhã, ainda na primavera, como por encanto, a capa se abriu.
               Que maravilha! Lá de dentro saiu uma linda borboleta!
               Os bichos ficaram maravilhados!
               _ Oh! Veja só aquilo! Dizia a cigarra.
               A formiga, não aguentando de tanta curiosidade, perguntou à linda borboleta:
               _Você viu a lagarta, lagarteando por aí?
               E a linda borboleta, sorrindo perguntou:
               _Aquela lagarta preguiçosa, comilona e horrorosa?
              _ É, aquela sim. Disse a aranha.
              A borboleta bateu as lindas asas, e sorrindo falou:
              _Pois sou eu!
              _Não é possível!
              _Não é verdade!
              _ Você é linda!
             Mas a borboleta explicou:
             _Toda lagarta tem seu dia de borboleta. Por isso, toda vez que você encontrar uma borboleta, lembre-se que um dia ela foi uma lagarta feia, desajeitada e triste!

                             FIM  DESEJADO POR TODOS? MAS NEM TODOS! HOUVE ALGUÉM, QUE ARQUITETOU OUTRO FINAL PARA ESTA HISTÓRIA:

            Nem bem terminou seu pequeno discurso, uma rã pegajosa, que observava a conversa entre os insetos, desenrolou a língua e devorou a borboleta.
     
            MORAL DA HISTÓRIA: feiura não é eterna, assim como a beleza não é para sempre!
  
                               

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