12 novembro 2014

FOLCLORE BRASILEIRO


                                       FOLCLORE BRASILEIRO

             O nosso folclore é repleto de boas histórias. Elas são contadas e recontadas de geração para geração e, muitas vezes, podem ter algumas modificações, conforme a região de origem.
             Vejam só essa, que mostra o medo que as pessoas tem de ir ao cemitério, à noite.
              Certa noite de lua nova, dois garotos conversavam, sentados no banco da praça da cidadezinha. A conversa estava animada, e falavam de seus medos. O mais novo perguntou:
              _Zé, você acredita em fantasma?
              Zé riu e falou todo importante:
              _Claro que não, Beto.
              _ Mas eu acho que você tem medo sim, e quero fazer uma aposta. Vamos ao cemitério esta noite?
              _ Vamos e eu vou provar que sou corajoso! E vou saber se você é medroso!
              Os dois garotos andaram até o cemitério, que ficava numa rua bem isolada da cidade. O portão estava fechado. Estava muito escuro, pois ali não havia iluminação pública e nenhuma casa.
             Uma coruja piou, o vento soprou com mais força, fazendo soar barulhos que vinham do interior do cemitério. Zé e Beto apostaram que quem batesse a mão no portão ganharia um ingresso para o cinema. Beto correu e bateu a mão no portão, mas sentiu que algo o prendia e não podia voltar. Desesperado começou a pedir socorro, e em seguida desmaiou. Nesse instante, não se sabe de onde, apareceu um velhinho, bem magro, todo de branco que abriu o portão, soltando a manga da camisa de Beto. Explicou, então para Zé:
              _Coitadinho de seu amigo! Ele desmaiou de medo achando que algum fantasma o tivesse agarrado! Mas ele vai ficar bem. Já está despertando.
              _ Mas quem é o senhor?
              _Eu sou o médico daqui. Agora vocês devem voltar para casa, porque já é muito tarde. Boa noite. 
              Os garotos apressaram-se em voltar para suas casas e, na manhã seguinte foram procurar o velhinho para agradecer a ajuda,levando-lhe algumas mangas bem bonitas. Foi quando descobriram que não havia médico nenhum ali no cemitério e nem nas redondezas. 
              Os dois garotos entenderam que haviam visto um fantasma, e que ele os ajudara no perigo.
              
              

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