12 junho 2012

Maneki-Neko

   Em junho costumamos direcionar nossas sessões de contos para a cultura japonesa: falamos sobre a imigração  dessa brava gente do Japão, as dificuldades nas longas viagens, a diferença de costumes e da língua, mas também contamos histórias tradicionais japonesas. Mostramos alguns objetos como os "guetás"(tamancos de madeira), leques, lanternas e o mais famoso amuleto japonês- Maneki Neko (o gatinho da sorte).
    Há mais de uma origem para o gatinho. Uma delas, bastante conhecida, surgida nos meados da Era Edo ( (1615-1868), conta que existiu, no bairro de Imado, em Edo (hoje Tóquio), uma velha senhora que tinha um gato de estimação. A velhinha estava em péssimas condições financeiras, porque, devido à idade avançada, não conseguia arranjar um trabalho para garantir seu sustento. Numa determinada ocasião, a situação ficou tão crítica que ela não tinha mais como alimentar seu gatinho. Então, conversando com o bichinho, disse:
    -É com o coração partido que eu terei de abandonar você. Devido à minha condição de extrema pobreza, não tenho como continuar lhe alimentando.
    Depois, com lágrimas nos olhos e barriga roncando, a velhinha foi dormir. E teve um sonho, no qual o gato apareceu e disse:
    -Molde a minha imagem em barro que trará muita sorte a você.
    No dia seguinte, ela resolveu fazer uma estatueta do gato, confirme o sonho havia sugerido. Enquanto ela moldava o barro, o gato estava "lavando a cara" com gestos exagerados e, achando engraçado, a velhinha resolveu moldar o bichinho com a pata levantada. Colocou-a para secar na janela e, nisso passou uma pessoa em frente a sua casa e, achando interessante, quis comprar a estatueta.
    Como estava dias sem comer, a velhinha vendeu a estatueta e comprou comida para ela e para o gato.
    Assim, de barriga cheia, resolveu fazer outra estatueta para deixar como talismã da sorte. Porém apareceu outra pessoa e comprou a segunda estatueta.
    Quanto mais a velhinha fazia estatuetas, mais aparecia gente para comprá-las. Com isso, ela mudou de vida e nunca mais passou necessidades.
    A estatueta, então, passou a ser conhecida como Maneki-Neko.



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