20 janeiro 2015

A FÉ QUE REMOVE MONTANHAS



                                  A FÉ QUE REMOVE MONTANHAS

        Muitas vezes nos deparamos com relatos que impressionam. Verdadeiros ou não, nos remetem ao título desta publicação.
        
                                      O TAPETINHO VERMELHO
  
           Era uma vez, uma mulher que morava em um simples casebre, na companhia de uma neta.
           A jovem ficou muito doente e a avó percebeu que precisaria da ajuda de um médico, pois seus cuidados não estavam sendo suficientes; mas havia um problema maior ainda: ela não tinha dinheiro para tanto. Mas decidiu que iria até a cidade mais próxima, em busca de auxílio. Seriam duas horas de caminhada, até chegar ao hospital público. Lá chegando, foi orientada a  trazer a doente para ser examinada.
          A pobre mulher pensou:
          _ Minha neta não consegue sequer levantar-se da cama.Como poderei trazê-la sem ajuda de alguém?
          Enquanto caminhava de volta para casa, passou em frente a uma igreja. Imaginou que ali poderia ter alguma ajuda. Entrou e viu que havia um grupo de senhoras reunidas, fazendo suas orações. Elas acolheram a avó desesperada, ouviram o caso da doença da neta e a convidaram para orar com elas, pedindo pela saúde da doentinha. A mulher ficou ali, ouvindo as orações, sem saber orar como elas. Depois de quase uma hora, a mulher, timidamente disse que gostaria de fazer a sua oração, que era um  pouco diferente. Mas as senhoras, percebendo que a avó tinha pouca cultura, disseram:
           _Não se preocupe, pois nossas orações vão fazer com que sua neta melhore!
           Mas a pobre mulher insistiu na sua própria oração e começou:
           _Meu amigo Deus, estou desesperada porque minha neta está muito doente. Ela não consegue nem se levantar da cama e os médicos querem que ela venha até ao hospital. Ela não vai conseguir. Mas o senhor pode ir até lá e curá-la. Vou dizer onde fica a nossa casinha. Fica a duas horas de caminhada. Escreva o endereço, por favor.
          As senhoras estranharam a oração. A avó continuou:
           _O senhor vai seguindo o caminho daqui até chegar no rio, atravessa a ponte e entra numa estradinha de barro.
          As senhoras já estavam segurando o riso, mas a avó continuou:
          _Seguindo mais um pouco o senhor vai ver uma venda, com uma mangueira do lado. A minha casinha fica na rua depois da mangueira. É a última casinha da rua. Pode entrar no portãozinho sem susto, porque não tem cachorro.
         As senhoras achavam que era desaforo essa oração e tentaram fazê-la parar. Mas avó continuou:
         _Olha senhor. A porta está trancada mas a chave está debaixo do tapetinho vermelho, na entrada. O senhor pega a chave, entra e cura minha neta, por favor. Quando o senhor sair, coloca a chave debaixo do tapetinho, senão eu não posso entrar, viu?
        As senhoras resolveram a situação, dizendo que com certeza a neta ficaria curada pois as orações foram feitas com muita fé, e que ela poderia ir embora sossegada.
        A pobre avó voltou para seu casebre, um tanto preocupada, mas logo que abriu a porta foi recebida com alegria pela neta, que correu ao seu encontro.
        _Minha neta querida, você está tão bem! O que aconteceu?
        _Ora vovó, a porta se abriu e entrou um homem bem alto, todo de branco e disse para eu me levantar. Eu me levantei, ele sorriu, beijou minha testa e disse que ia deixar a chave da porta debaixo do tapetinho vermelho, como a senhora havia pedido...
          
                             ****************************
          

Nenhum comentário:

Postar um comentário