17 fevereiro 2013

Piteco e a libélula



Piteco e seu irmão Pitoco eram dois lindos gatos siameses. Brincavam juntos todos os dias. Pitoco era mais medroso e não se arriscava em grandes aventuras, mas Piteco se orgulhava de suas caçadas pelo quintal da casa.
Ele era campeão na caça de libélulas que, distraídas, apareciam voando à procura de água, numa pequena fonte.
As libélulas apareciam e Piteco, mais que depressa, dava um grande salto e as abocanhava. Isso era quase todos os dias.
Certa vez , os donos da casa resolveram instalar um ventilador mais potente na sala de visitas. Era um grande ventilador mesmo!
Piteco tinha o costume, também, de tirar uma soneca nessa sala, acomodado numa confortável almofada, reservada para ele e seu irmão Pitoco.
Foi quando Piteco percebeu, no alto do teto o que lhe pareceu uma imensa libélula, tão grande que ele não poderia caçá-la, mas ser caçado por ela.
Apavorado, ele abaixou-se no chão e foi de rastros até o quarto de Fabiana, sua dona, e se enfiou debaixo da cama. Não havia como tirá-lo dali, pois parecia grudado no chão!
Depois de muito tempo, alguém lembrou-se de que ele gostava de doce. Preparam um pratinho com creme de leite e açúcar e levaram para Piteco, que começou a lamber o doce. Aos poucos, foi sendo resgatado de sob a cama e agradado por todos, entre muitas risadas.
Mas Piteco não estava para brincadeiras: recusou-se a ficar na sala de visitas, por muito tempo;para ir ao quarto de Fabiana passava por alguma janela, longe da sala!
Quando, finalmente, depois de muitas semanas, concordou em ficar no colo de alguém da sala, encolhia-se todo e, vez ou outra olhava com cautela para o ventilador no alto do teto, que mais lhe parecia uma libélula monstruosa e perigosa.
Parece, que depois desse dia, as libélulas tiveram mais sossego no quintal!






















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