05 fevereiro 2013

Contar e encantar


     Já sabemos que as histórias são apreciadas em quaisquer idades, não importando a condição social ou gênero. Os pequeninos costumam pedir a repetição de uma mesma história e ainda reclamam se ela não está igual à contada minutos atrás; eles escutam sempre com encanto e interesse. É a fase do "conte de novo" ou " conte outra vez". Acontece que, sabendo o que vai acontecer, a criança pode se identificar com um ou outro personagem, apreciando melhor os detalhes. 
     É a fase mágica, onde as histórias possuem pouco texto, enredo curto, refrões, animais, alimentos, flores, nuvens, festas,etc.
     Quando a criança amplia sua linguagem passa a exigir histórias mais longas, elaboradas e com mais variedade de assuntos.
     Afinal de contas ela já chegou à idade escolar, dos 7 anos em diante, mais ou menos,quando, mesmo não tendo bom nível de leitura, já mostra grande interesse nos contos de encantamento. Muitas histórias da fase mágica, ainda são apreciadas. Logo virão a gostar de contos de fadas com enredo mais elaborado: sabem que é o mundo de faz de conta e começam a ter senso crítico e pensamento com certa lógica.
     Para crianças mais, digamos, adiantadas, as fábulas e lendas são capazes de fazê-las sentir seus significados e beleza.
     Para os adolescentes são indicadas histórias de viagens, aventuras, ficção científica, fantasiosas, com atos heroicos  contos policiais sem crimes, pequenas novelas, de bom humor, episódios da vida real, contos populares, biografias romanceadas, com ensinamentos, virtudes humanas, exemplos de vida, etc.
     É inesgotável a variedade de histórias. Tudo depende do momento.
     O importante é que a escolha seja feita com muito critério e carinho.
     A duração de uma contação de histórias pode variar, também, mas o ideal é perceber o nível de atenção: um pequenino não consegue prestar atenção por mais de 5 ou 10 minutos; para os mais velhos, 15 a 20 minutos podem bastar. O bom senso do contador pode avaliar a situação dos ouvintes: bocejar muito é um bom aviso: é hora de parar!
     A escolha de uma boa história é a chave mágica no processo narrativo, para incorporar a arte à vida.

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