20 março 2016

SOLIDARIEDADE



                                       UM HISTÓRIA DE SOLIDARIEDADE

                  Estamos vivendo uma época de contrastes, tensões, aflições, preconceitos e outras situações que mostram um mundo irracional e até perverso. Mas, também podemos vislumbrar momentos de desapego e solidariedade. Vejam só esta história que já foi contada muitas e muitas vezes em nossas sessões de contos,com muita aceitação. 

                                       AS LONGAS COLHERES

                   Há muitos e muitos anos, existiu um poderoso e excêntrico rei. Ele tinha por hábito realizar festas exuberantes em seu palácio. Ele exigia que tudo fosse do melhor, para mostrar a todos o seu poder, a sua riqueza e seu gosto requintado. 
                   Certa vez ele teve uma ideia diferente.
                   Convidou outros reis, príncipes, muitos nobres e até pessoas bem humildes de seu reino para uma grande festa. Ordenou que o palácio ficasse deslumbrante para a ocasião: o jardim recebeu mais fontes e canteiros com as plantas mais exóticas do mundo conhecido, bandeiras coloridas, bandas de música espalhadas em todos os cantos, cantores, palhaços, malabaristas, representações teatrais, competições esportivas variadas, desfiles de animais, dançarinos de várias modalidades, enfim, tudo para alegrar e divertir seus convidados.
                    Mas colocou uma condição que deveria ser obedecida por todos: depois de entrar no palácio ninguém poderia sair até que a festa acabasse.
                     Chegou o grande dia e os convidados foram chegando muito animados, imaginando momentos de grande alegria e divertimentos, pois as festas do rei eram famosas pela opulência. 
                     Que animação! Músicas, danças, desfiles iam sucedendo-se sem interrupção. As horas foram passando-se e ninguém se cansava de ver tantas maravilhas. 
                      Mas estava acontecendo, também, algo inusitado: não havia nada para comer. Nem mesmo um mísero biscoito. E o espetáculo continuava cada vez mais atraente!
                      Alguns mais atrevidos procuravam a cozinha, porém ela estava trancada.
                      E a fome começou a incomodar os convidados. Eles queriam comer alguma coisa e nada havia, a não ser os espetáculos. Queriam sair para suas casas, mas os portões estavam trancados!
                      Começaram os protestos! Tímidos no começo e depois mais agitados.
                      O rei pediu calma, mas o alarido já estava geral.
                      Então ele anunciou que seria servido um jantar. Abriu-se uma grande porta e a multidão precipitou-se para uma grande sala onde havia uma grande panela. Dentro dela borbulhava um caldo suculento e cheiroso. Com a fome que estavam, as pessoas se aglomeraram ao redor da imensa panela.
Notaram, então, colheres com cabos de metal muito compridos, com a extremidade de madeira. Como o caldo estava fervendo só poderiam pegar nessa extremidade. Cada um pegou uma colher, mas como elas eram longas demais, não conseguiam levá-la à boca. 
                       Desespero geral! O que fazer?
                       Foi então, que um dos convidados, com certeza mais esperto, teve a brilhante ideia de oferecer o caldo de sua colher para o vizinho, que por sua vez lhe retribuiu. 
                       E, assim, todos puderam satisfazer a fome que os consumia, demonstrando que a solidariedade também fazia parte da festa, oferecendo o alimento ao seu próximo.

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