
Que beleza! Não há quem não se admire das cores das mimosas flores!
Como o Grupo Pirlimpimpim bem lembrou na Noite de Contos do último dia 10 de maio, a imigração japonesa foi muito grande em Garça e, no mês de junho nós costumamos contar histórias que vieram da terra desse povo tão laborioso e respeitável, com muita tradição e costumes diferentes do brasileiro, que aprendeu a gostar de seus espetáculos na festa, suas danças e comidas até incorporadas no dia a dia como o yakissoba, só para exemplificar.
Mas podemos gostar de suas histórias também, como essa aqui, muito popular no Japão principalmente nas regiões onde a neve chega a atingir até três metros de altura e permanece por até 6 meses. Ela chega a ser trágica, mas é bela e, já foi contada várias vezes em nossas sessões de contos para jovens de 14 anos ou mais. Eles gostam muito.
A MULHER DE NEVE

Certa noite ele, como de costume estava em sua casa quando ouviu batidas na porta. Como ventava muito e a neve caia com força, ele demorou um pouco para entender que podia ser alguém querendo fugir da violenta tempestade. Quando abriu a porta viu uma jovem caida no chão. Compadecido o rapaz levou a moça para dentro de sua casa e, ela logo acordou do desmaio, mas o seu rosto era muito, muito branco. Branco como a nev, pensou o rapaz que ficou apaixonado perdidamente pela moça, que era, realmente muito linda.
Ele, então, a pediu em casamento.
Eles viveram felizes por todo o inverno que era bem intenso na região, mas quando a primavera foi se anunciando e a neve começou a derreter-se, a jovem foi ficando cada dia mais triste, mais fraca e mais magra.
Muito preocupado, o rapaz não sabia mais o que fazer para alegrar sua amada. Pensou, então em fazer uma festa: seria uma festa para saudar a chegada da estação da primavera. Organizou tudo com carinho e cuidados.Chamou vários amigos que vieram alegremente para saborear as bebidas e comidas preparadas pelo rapaz. Em dado momento ele chamou a esposa , mas ela não atendeu ao seu pedido. Procurou-a em todos os cômodos da casa mas não a viu em parte alguma. Todos ficaram alarmados e ajudaram nas buscas, até que o rapaz viu, junto ao fogão, o que restara da misteriosa jovem, branca como a neve: o bonito quimono novo que ganhara para a festa, mergulhado numa poça de água diante do fogão: ela havia se derretido como a neve agora que era primavera!