31 julho 2014

RATOEIRA


                                           RATOEIRA
                  
            Um rato, olhou pelo buraco da parede e viu o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Imaginou o tipo de comida que haveria ali, mas logo descobriu que era uma ratoeira. Aterrorizado correu para o pátio da fazenda, gritando:
           _Amigos, há uma ratoeira na casa! Uma ratoeira! 
           Os outros animais da fazenda ouviram o alarme do rato. A galinha disse:
           _Desculpe senhor rato, a ratoeira é um problema seu, e não tenho nada com isso.
          O porco comentou:
           _Sinto muito, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo, que eu me lembrarei de sua alma em minhas preces.
          A vaca, com todo o seu tamanho, desdenhou:
          _O que, senhor rato? Uma ratoeira? Será que estou em perigo? É claro que não!
          O rato voltou para casa, abatido e preocupado com a ratoeira do fazendeiro.
          Naquela noite, todos ouviram o estalo da ratoeira. A mulher do fazendeiro correu para ver, mas no escuro, não percebeu que a ratoeira havia prendido o rabo de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher.
          O fazendeiro levou  a mulher para o hospital. Quando voltaram resolveu fazer uma canja para a esposa, que estava com febre. Pegou o facão e providenciou a carne de galinha.
           A mulher continuou doente. Os vizinhos vieram visitá-la; o fazendeiro matou e assou o porco, para alimentar as visitas.
           Mas a mulher não melhorou e morreu. Muita gente veio para o velório- parentes e amigos da família, além dos curiosos. Para alimentar todas aquelas pessoas, o fazendeiro teve que fazer um churrasco, com a carne da vaca.
           E, daquele dia em diante, viveram sós, por muito tempo, naquela fazenda, o fazendeiro e o ratinho.

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           Esta fábula, é para nossos leitores meditarem na sua moral; deixamos por vossa conta!          

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30 julho 2014

UM DIA DIFERENTE


         

Notícias - Garça- Do Jornal Comarca de Garça

CULTURA - Viagem Literária volta a Garça com apresentação de contação de histórias

30/07/2014 -

Garça terá uma nova edição do programa “Viagem Literária”. Ela ocorre no próximo dia 11 de agosto, às 9h30 e às 15 horas. O projeto trará a apresentação “Uma janela para o mundo”, com contação de histórias promovidas pelo grupo Arts Company.

A montagem conta as histórias adaptadas dos textos de teatro, trazendo, com leveza e graça, o mundo maravilhoso da literatura e da arte. Com simplicidade, a atriz e os bonecos evocam o universo de prazer e aprendizagem que a fruição literária proporciona. E o caminho fica aberto para a leitura dos textos teatrais e para o jogo dramático e brincadeiras. Todos os textos apresentados são da famosa escritora infantil Tatiana Belinky.

A Arts Company conta com Karin Dormien Mellone, que é mestre em Artes pelo Centro de Artes Cênicas da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e com Viviane Victtorin, que é professora e consultora de Literatura, Teatro e Danças Brasileiras em instituições públicas e privadas. Ambas trabalharam na montagem da peça “Um Caldeirão de Poemas”, de Tatiana Belinky e no especial “A Menina Trança Rimas”, da TV Cultura, sobre a mesma autora.

Lançado em 2008 pelo governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, o programa “Viagem Literária” percorre, todos os anos, dezenas de cidades paulistas levando autores e contadores de histórias para palestras, oficinas e bate-papos que são realizados nas bibliotecas locais.

É uma ação de incentivo à leitura que encontra ampla receptividade entre público, autores e dirigentes da área cultural dos municípios contemplados. O programa estimula a formação de novos leitores, incentiva a produção literária, enriquece a atividade cultural e fortalece os vínculos entre as bibliotecas e as comunidades locais.

Serviço

A apresentação “Uma janela para o mundo”, do grupo Arts Company, ocorre no dia 11 de agosto, às 09h30 e 15 horas. A entrada é franca, mas o número de vagas é limitado. O agendamento para participar da apresentação deve ser feito na biblioteca do Centro Integrado de Educação, à Avenida Rafael Paes de Barros, 522, ou pelo fone 3471 1616.

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        Mais uma oportunidade de podermos entrar no mundo das histórias!
        Nós não sabemos tudo, ou conhecemos tudo o que acontece neste nosso mundinho; é muito importante participar das novidades surgidas. Elas podem fornecer idéias diferentes, nos deixam vislumbrar outros pontos de vista, podem modificar nossa opiniões, muitas vezes, radicais e sem sentido.
Vamos, pois, no dia 11 de agosto, conhecer o trabalho do Grupo Arts Company!

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29 julho 2014

AS CEREJAS

      Olá amigos, hoje temos novidades para vocês: a participação da jornalista Veridiana Sganzela Santos. Ela vai enriquecer nosso blog com sugestões de autores e livros, periodicamente. Vejam a primeira sugestão:


                                        As cerejas

Conforme me acontece todas as semanas, fico matutando sobre qual autor, livro, conto, história ou crônica poderei falar. Às vezes busco por textos elaborados, com grandes lições, grandes pensadores, mas percebo que nem só de figurões da antiguidade, de escritores estrangeiros ou de imperdíveis mensagens de moral vive a literatura. Ela também é feita de escritores "malandros" e textos curtos, rápidos, engraçadinhos, que nos tiram por alguns minutos das chatices do dia.
Eis que no dia 7 de julho foi o 159º aniversário de nascimento de Artur Azevedo. Ao contrário de seu irmão Aluísio, que era mais sério, Artur deixou-nos textos mais descontraídos, como este, As cerejas, em que as frutinhas acabam sendo personagens importantes neste caso de adultério.
Muitas vezes, como mera aprendiz de escritora que me meto a ser, imagino que para ser levado a sério, o autor deve escrever coisas profundas, com grandes desfechos, contos misteriosos... Mas deparo-me com um conto aparentemente bobinho e vejo esse lado da literatura que até nos faz pensar, mas ao mesmo tempo nos tira da mesmice dos textos cinzentos, sisudos e cabeça. Aqui, Artur fala sobre Antunes, que fica "secando" umas cerejas à porta da venda, lamentando que "os cobres são tão curtos", mas que sua esposa morre por cerejas. Incentivado pelo amigo Martiniano, ele acaba comprando-as, afinal "não são as cerejas que nos arruínam".
Martiniano tomou o bonde e se foi. Antunes, andando depois até o ponto, deu de cara com Pintinha, uma mulher provocante que mexia com ele. Pintinha disse que estava com saudades e o convocou para jantar. Antunes ficou na casa de Pintinha até tarde, e no final, ela desembrulhou e devorou as cerejas, que seriam da esposa, a oficial, D. Leopoldina.
Quando Antunes chegou em casa, a esposa reclamou que ele não avisou que ia jantar fora. Ele mentiu que demorou porque um amigo seu o arrastou para jantar num restaurante chamado Pão de Açúcar. Mas a esposa estava impaciente mesmo era pelas cerejas. "Que cerejas?", perguntou o embaraçado marido. "As tais que você comprou na Avenida para me trazer (...) encontrei no bonde aquele teu amigo Martiniano, que me disse ' a senhora vai ter hoje magníficas cerejas ao jantar, vi seu marido comprá-las na Avenida'", responde ela, ansiosa.
Nestas alturas, Antunes já tinha em mente uma desculpa; disse que as havia esquecido no bonde. Leopoldina ficou decepcionada, mas, paciência. No outro dia Antunes apareceu em casa para jantar trazendo um embrulho com cerejas dizendo: "Estavam na estação". E isso pôs um fim ao caso.
Casos de adultério, obviamente, não têm graça nenhuma (a não ser para dois dos três envolvidos), mas dentro da literatura, onde há modos e modos de contar, tudo fica parecendo até meio romântico e chistoso. E essa é uma das características de Artur Azevedo. Dramaturgo, poeta, contista e jornalista que escreveu mais de duzentas peças e foi o "culpado" pelo surgimento do teatro no Brasil. Um sujeito que prova que não é só porque se tem o dom da escrita é que tudo tem que ser quadrado, rígido, intelectualmente infalível.
Nós, leitores, também precisamos de um respiro, precisamos de personagens como nós, com suas graças, verdades e defeitos. Nem que esses personagens sejam apenas cerejas!

"Na vida não é virtude sofrer, mas saber sofrer"- Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo (1855 - 1908)

Veridiana Sganzela Santos, jornalista, estudante de Letras e membro da Apeg (Associação de Poetas e Escritores de Garça)
10 de julho de 2014

27 julho 2014

O BURRINHO INSATISFEITO


                                    O BURRINHO INSATISFEITO

 Era uma vez um burrinho esperto, alegre e que gostava demais do que fazia: transportar as crianças de um lugar para outro, numa carrocinha toda colorida e enfeitada com flores, todos os dias. O nome dele era Nico. Mas  certo dia, Nico acordou diferente,triste, sem saber o que fazer da vida. Não ficou feliz em levar as crianças à escola; não gostou de sua ração; achou o dia enfadonho. De repente, ele descobriu o motivo: estava cansado de ser burro! Queria ser outro ser qualquer, menos burro! Mas como?
Acontece que ele tinha um protetor, que morava nas nuvens- o mago Tipiri., que desceu numa nuvem branquinha e brilhante até junto de Nico, e perguntou-lhe:
_O que você quer ser, Nico?
_ Tipiri, eu quero ser um peixe!
No mesmo instante, Nico viu-se transformado em um grande peixe, que podia nadar livremente pelo mar; Nico, agora viajava longas distâncias, conheceu novos lugares e outros seres. Até que, certo dia, amanheceu novamente triste, infeliz e chamou bem alto:
-Tipiri, Tipiri, venha aqui!
Rápido como um raio, Tipiri desceu na sua nuvem branca e brilhante e perguntou:
_O que é, Nico?
_Tipiri, cansei-me de ser peixe; quero ser um rato!
No mesmo instante, Tipiri transformou Nico de peixe, em um esperto ratinho; agora Nico morava num grande paiol, cheio de saborosas espigas de milho, que ele comia feliz da vida; mas, certo dia, apareceu no paiol um grande gato, que havia percebido a presença do roedor. Nico correu para um esconderijo, mas o gato o perseguiu, quase o alcançando. Nico então gritou:
_Socorro, Tipiri,venha aqui!
Mais uma vez, o mago Tipiri baixou na sua nuvem e perguntou:
_E agora Nico? O que você quer?
_ Quero ser o rei dos animais; quero ser um leão!
O mago Tipiri, com a maior paciência do mundo, transformou Nico num grande leão, reinando sobre muitos animais, num país bem distante. Nico estava na maior felicidade, até o dia em que apareceram caçadores de animais e o prenderam numa jaula. Nico não podia escapar das grades, por mais que forçasse e urrasse. Foi levado para um circo, onde tinha que se apresentar soltando grandes urros, obedecer ao domador e seu chicote, fazer o público delirar com suas proezas. Mas Nico chamou mais uma vez o mago Tipiri:
_Tipiri, Tipiri, venha aqui!
E Tipiri veio mais uma vez e pacientemente perguntou:
_Nico, o que você quer agora?
_Ah, Tipiri, quero mesmo voltar a ser um burrinho! Eu era feliz e não sabia! Por favor, deixe-ser um burrinho , e nunca mais vou incomodá-lo!
Nico viu-se transformado em burrinho, e muito feliz, puxava sua carrocinha cheia de crianças que cantavam e brincavam alegremente!,

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26 julho 2014

O RITMO DA VIDA


                            Hoje é sábado, a semana se foi, mas as histórias continuam...esperamos que vocês gostem desta:

                                                       O RITMO DA VIDA
 
          Certo dia, Jonas foi ao jardim e viu, pendurado no galho de uma árvore, um casulo, no exato momento em a borboleta rompia o casulo e se preparava para sair. Como a borboleta demorava para sair, e ele estava com pressa de ver o final do espetáculo, ficou irritado.
          Imaginou que poderia ajudar a natureza, esquentando, com seu hálito o inseto que emergia do casulo. 
          Deu certo! Com o calor do sopro de Jonas, o milagre da metamorfose da borboleta acelerou o ritmo, muito mais do que o natural. O casulo se abriu, a borboleta saiu se arrastando e, então Jonas percebeu que algo estava errado: as asas da borboleta ainda não estavam abertas, e todo o corpo dela tremia com o esforço feito para desdobrá-las.
          Jonas continuou a soprar, desesperadamente, mas em vão. A natureza pede paciência na maturação, e o desdobramento das asas deve ser feito lentamente, sob o calor do sol; Tarde demais, Jonas sentiu que seu esforço não faria com que a borboleta superasse a dificuldade de desamassar seu corpo e suas asas. Ela se agitou, desesperada,mais algum tempo, poucos segundos, na verdade, vindo a morrer na palma da mão de Jonas, agora arrependido e mortificado, por ter violado as leis da natureza, agindo com impaciência e desconhecimento, do ritmo da vida.

25 julho 2014

MAUS PENSAMENTOS


                                                   MAUS  PENSAMENTOS

     Dois monges estavam atravessando um rio, quando encontraram uma jovem mulher, muito bonita, que também desejava atravessá-lo, porém estava com muito medo.
    Um deles, então, resolveu colocá-la nas costas, e a carregou até a outra margem.
    O outro monge ficou indignado com seu amigo. Afinal, ele havia quebrado uma regra: a de que um monge nunca deveria tocar numa mulher. e além de tocá-la, ele a carregou!!! Era demais! Mas ele não disse nada. Apenas engoliu sua raiva pelo comportamento do amigo.
   Quilômetros se passaram, e continuaram caminhando...até que chegaram a seu destino, um mosteiro.
   O monge enraivecido se voltou para o primeiro e já não suportando mais guardar só para si sua indignação, finalmente disse:
   _Olhe, terei que falar ao mestre sobre seu comportamento proibido!
   _Do que está falando?- perguntou o primeiro.
   _Você esqueceu? Não acredito! Você carregou aquela linda jovem sobre os ombros!
   O primeiro monge, então riu e calmamente replicou:
   _Sim, eu a carreguei. Mas a deixei lá no rio, quilômetros atrás. Você é que ainda a está carregando!

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24 julho 2014

MALBA TAHAN


                                           MALBA THAHAN 

           Relendo algumas anotações, o nome desse personagem nos chamou a atenção. Foi o pseudônimo escolhido por um rapaz que amava a leitura, a matemática além de ser exímio contador de histórias. 
           Seu nome verdadeiro era Júlio César de Melo e Souza. Nasceu em 6 de maio de 1895 e faleceu em 18 de junho de 1974; foi um dos maiores divulgadores da matemática no Brasil, através de seus contos e romances, além de ter sido professor de várias matérias nas escolas por onde passou. Uma de suas obras mais conhecidas é : O HOMEM QUE CALCULAVA, romance  com uma coleção de problemas e curiosidades matemáticas,apresentadas sob a forma de narrativa das aventuras de um calculista persa, à maneira dos contos das Mil e Uma Noites.
           Júlio César ou Malba Tahan e mais outros pseudônimos, escreveu pelo menos 120 livros, na forma de contos, romances, sobre educação, etc. Vale a pena conhecer a biografia desse grande brasileiro, que amava a escrita e a matemática, dava palestras e era excelente professor.
          Entre suas dezenas de obras, podemos citar: Contos de Malba Tahan (contos); Contos de beduíno; 
Lendas do deserto (contos ); Lendas do Oásis (contos ); Maktub ( contos ); A arte de ler e contar histórias (educação ); Mil histórias sem fim (contos ). A lista é bem grande, e para ilustrar escolhemos um conto de sua autoria, citado em " Os melhores contos de Malba Tahan" Ed. Record, 9ª edição, 1990, que transmite mensagem de ressentimento e perdão.

                                       APRENDA A ESCREVER NA AREIA 
         
  Nagib e Mussa, eram dois grandes amigos; estavam em viagem e teriam de atravessar, com sua caravana, um caudaloso rio, pulando de pedra em pedra.
 Mussa teve a infelicidade de escorregar numa pedra e cair na água revolta. Nagib não teve dúvida, pulou na água e, lutando contra a correnteza, ajudou Mussa a sair ileso, na outra margem.
 Mussa chamou seus dois mais habilidosos servos, e mandou que escrevessem numa pedra alta, que ali se achava, a seguinte inscrição:
                             VIAJANTE, NESTE LOCAL, NAGIB, NUM GESTO HEROICO, SALVOU A VIDA DE MUSSA.
  Seguiram a viagem e, depois de vários meses, voltando para casa, chegaram novamente às margens do rio caudaloso, naquele mesmo local. Como estavam muito cansados, resolveram sentar-se à sombra daquela pedra onde estava a inscrição de Mussa.
  Conversaram por muito tempo, mas, de repente, começaram a discutir e Nagib esbofeteou Mussa, que não reagiu. Ele apenas pegou o seu bastão e escreveu na areia, sob seus pés:
                               VIAJANTE, NESTE LOCAL, POR MOTIVO FÚTIL, NAGIB INJURIOU GRAVEMENTE SEU AMIGO MUSSA.
     Seu servo, estranhando o fato, perguntou-lhe:
           _Senhor, quando Nagib salvou-lhe a vida, o senhor mandou escrever na pedra a inscrição que ficará aqui para sempre, para que todos que por aqui passarem, a possam ver. Mas, agora, quando ele lhe ofendeu tão gravemente, o senhor escreve apenas na areia... Quem por aqui passar ao cair da tarde, já não verá nada, pois a inscrição terá desaparecido com o ir e vir das ondas do rio.
  Mussa lhe respondeu:
  _É que o benefício que recebi de Nagib permanecerá para sempre em meu coração. E a injúria... Mais rápido do que desapareça na areia, espero que se apague da minha lembrança. Aprenda a escrever na pedra... aprenda a escrever na areia... e serás feliz!

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23 julho 2014



                                              A  PERSISTÊNCIA

Resultado de imagem para gif  salgueiro- arvore                     Era uma vez, um rapaz que tentava,mas não conseguia, escrever belos textos. Ele queria ser escritor famoso. Como não encontrava a solução vivia triste e humilhado.
                     Muito desanimado, certa tarde saiu para dar um passeio nos arredores da cidade, onde poderia encontrar a paz na alma. Chegou até um riacho, sentou-se sob um salgueiro, que fazia um sombra agradável, e ali ficou meditando na vida. A água do riacho corria calmamente, e  o salgueiro balançava seus galhos, com o sopro do vento.
                     De repente, o rapaz percebeu que algo se movia bem próximo a ele- era um pequeno sapo que pulava, tentando alcançar um dos galhos do salgueiro, que balançava. Ele tentou muitas vezes, mas o vento parecia brincar com o galho, e por isso ficava difícil alcançar seu objetivo. Depois de muitas tentativas frustradas, o sapinho conseguiu, enfim, agarrar o galho do salgueiro.
                     O rapaz ficou admirado com a persistência do sapinho, e entendeu que somente a perseverança no faz conseguir o que desejamos.
                     Ele voltou para casa animado, e com novos projetos em mente. Aplicou-se com tanto entusiasmo e vigor, que em pouco tempo, tornou-se um escritor de renome em seu país. 

22 julho 2014

UMA HISTÓRIA CHINESA


                                                   UMA HISTÓRIA CHINESA

                  Sabemos que as histórias são contadas em todas as partes do mundo, não importando o país ou a nação, se é antiga ou atual. Elas sempre existiram e sempre existirão, contadas de várias formas e nos mais variados idiomas. Esta história de hoje é muito antiga, e parece ter origem na China.
                  Conta-se que existe um deus dos casamentos. Ele mora no Palácio da Lua, que fica na Estrada Amarela dos Astros. O nome desse deus é Lao Yeh, também chamado Velho da Lua. É ele quem realiza, na corte celestial, todos os casamentos dos seres humanos, antes deles virem habitar no planeta Terra. Dizem que ele é alegre e simpático. Tem rosto rosado e longas barbas brancas. Sua missão é apenas de cuidar dos assuntos amorosos.
                 O Velho da Lua possui uma corda de seda vermelha, invisível aos nossos olhos, com a qual amarra o pé de um bebê menino ao de um bebê menina, que um dia será sua esposa. Contudo, às vezes, o frágil laço de seda se rompe. Daí a origem dos romances frustrados, das tragédias de amor.
                 Pode ser descuido do Velho da Lua, mas ele já está tão idoso, que suas trêmulas mãos,por vezes, não  amarram bem os românticos laços de seda vermelha. Podemos, assim, desculpar o suave velhinho Lao Yeh.
                 Este remoto mito nasceu com o advento da religião Taoista, na China. Nessa época surgiram pequenos templos, no alto das montanhas, e ali, em certos dias, de certos meses, o povo reunia-se,levando vinho, flores e incenso para o Velho da Lua. Diz a lenda que, com isso, conseguiam sua proteção para os casamentos. Conta-se que, nestes dias festivos, o Velho da Lua descia à Terra e divertia-se brincando de ser mortal.
                 Suas fantásticas aventuras povoam as literaturas chinesa e japonesa.

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21 julho 2014

As aparências enganam


                                        HOJE TEM HISTÓRIA!

            Blog de contador sem histórias não vale! Essa  vem de muito longe, e tem origem sufi ( título que se dava, antigamente ao rei da Pérsia; sectário do sufismo, doutrina mística maometana), e pode nos levar à percepção do mundo subjetivo.

                                       AS APARÊNCIAS ENGANAM

          Certa vez, por uma estrada, vinha um homem, que viu ao longe um grupo de pessoas que corriam desesperadas, gritando  e pedindo socorro. 
          O homem parou e indagou o porquê daquele terror coletivo, ao que responderam que no campo havia um monstro terrível. Chorando muito, apontavam em direção a uma lavoura.
          O homem olhou na direção apontada, mas somente uma enorme melancia.
          Ele explicou aos moradores que aquilo não passava de uma melancia, fruta muito gostosa e refrescante. Mas aquelas pessoas aterrorizadas não acreditaram nele, insistiram que era um monstro, que ele era mentiroso,e, na raiva começaram a bater nele que fugiu em desabalada corrida.
         Mas logo veio outro viajante, um homem mais sábio, que ao escutar o relato daquelas pessoas teve outra atitude: vendo a melancia e o pavor do povo, tirou uma faca que trazia na cintura, avançou cautelosamente para o campo, e, chegando próximo  à melancia, pulou sobre ela  e a cortou em vários pedaços.
       Vendo seu inimigo destruído os camponeses pularam de alegria, aclamaram o sábio viajante que, só bem tarde, já acalmados souberam a diferença entre um monstro e uma melancia gigante.

                             

 

20 julho 2014



                      RESPEITÁVEL PÚBLICO, O CIRCO CHEGOU!
      
            ACONTECE NESTA SEMANA, NA BIBLIOTECA MUNICIPAL DE GARÇA , MAIS UMA EDIÇÃO  DA " BAGUNÇA BEM FEITA " !

                      O TEMA DESTA VEZ SERÁ:

             SAPO TEM FÉRIAS NO CIRCO
    
                      A PARTIR DO DIA 21 ATÉ 25 DE JULHO

             Nestas dias serão desenvolvidas atividades com as crianças que se inscreveram anteriormente, em vários horários, com idades de 3 a 12 anos.
             Haverá Mediação de leitura;  Oficina de circo;  Brinquedoteca;  Oficina de reciclado;  Oficina de Artes;  Pintura de rosto  e,  como não poderia deixar de acontecer:  CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS COM O GRUPO PIRLIMPIMPIM.
             Esse evento é uma forma de atrair a criançada para a Biblioteca, de uma forma descontraída e alegre. É a repetição de edições de anos anteriores, de muito sucesso. Neste ano, a decoração feita é toda baseada no circo, assim como as atividades que irão acontecer. As vagas foram todas preenchidas e no final haverá uma apresentação especial com contação de histórias, mágicas, malabares, palhaços, acrobacia de solo, perna de pau,etc.
            Venham conhecer os trabalhos que acontecerão em vários horários, a partir das 9 horas até 16h30. Na terça-feira e quinta-feira, a partir das 14 horas.
            Será uma bagunça bem feita!

18 julho 2014

O PAPEL E A TINTA



                Esta história, também é atribuída a Leonardo da Vinci; não podemos confirmar a veracidade, mas vale a pena a mensagem, nela contida:
  
                                                      O PAPEL E A TINTA
  
                Havia em uma mesa, uma pilha de folhas de  papel, todas exatamente iguais; de repente, uma delas viu-se coberta de sinais,que uma pena, com tinta preta, havia escrito nela; sem saber que aqueles sinais eram palavras, a folha, furiosa, disse para a tinta:
                _ Que humilhação você está fazendo a mim, que nada lhe fiz de mal! Você estragou-me toda. E agora?
                _Não se desespere, minha amiga folha! Eu não a estraguei, mas sim, a cobri de belas palavras; agora você contém uma mensagem, e não é apenas uma folha de papel. Você traz um tesouro: um pensamento humano. Você é agora um documento precioso.
                A folha demonstrou não acreditar muito na história, mas pouco tempo depois, apareceu alguém que se dirigiu à mesa, e começou a arrumar os papéis que lá estavam; jogou muitas folhas na lareira para queimá-las, porém a folha escrita com tinta foi guardada, preservando, assim a mensagem nela contida, para que outras pessoas pudessem ler o que ali estava escrito.

17 julho 2014

ALERTA CONTRA A PREGUIÇA



                                     ALERTA CONTRA A PREGUIÇA

              Era uma vez uma navalha, ótima por sinal, que trabalhava e morava em uma barbearia. Cansada de ficar sozinha aos domingos, enquanto seu dono descansava, resolveu dar uma voltinha na cidade, e respirar o ar fresco da manhã, naquele lindo dia de primavera.
              Em dado momento, o sol refletiu-se na lâmina. A navalha ficou encantada e surpresa com aquele brilho tão intenso e, com orgulho exagerado disse a si mesma:
    
           _Não posso voltar para a barbearia, de onde fugi! Certamente que a minha beleza é abençoada pelos deuses e não podem permitir tanta desonra, cortando as barbas dos fregueses  que por lá aparecem, todos os dias, repetindo o serviço sem cessar, de forma tão inglória. Ah! não volto mesmo! Vou esconder-me para que ninguém me encontre, nunca mais. Vou passar todos os dias de minha vida em paz!
             A navalha encontrou o esconderijo perfeito em um quartinho de uma casa da vila, onde nunca foi encontrada.
             Meses se passaram, até que certo dia, a navalha sentiu vontade de rever a luz do dia e respirar ar fresco. Saiu devagarinho de seu esconderijo, olhando para todos os lados, cuidando para que não fosse vista. 
Olhou, então, para si mesma pensando em ver o brilho de sua lâmina sob a luz do sol. Mas, para sua decepção, ela estava toda enferrujada e não brilhava mais. Ela entendeu que tudo estava perdido; ela só brilhava antes, porque cortava as barbas ensaboadas, e seu dono a afiava todos os dias. 
             Assim como aconteceu com a navalha, pessoas  que preferem ser preguiçosas e não usam seus talentos, também ficam enferrujadas e corroídas pela ignorância.

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            Dizem que foi Leonardo da Vinci o autor deste texto, homem que dedicou sua vida ao trabalho infatigável, merecendo o respeito de toda a humanidade.