VEJAM QUE LINDO TEXTO!
Era uma vez… num lugar não muito distante daqui, uma menina, curiosa, falante, uma artista apaixonada por teatro. Quando cresceu, ensinou a muitos jovens essa arte e até ganhou prêmios.
Certa vez, foi fazer um curso de poesia em uma cidade com muitas montanhas. Chegando lá, avistou uma porção de gente em frente a um teatro. Curiosa, já queria entrar para ver o que acontecia. Informaram que não dava para ela entrar – só se ficasse pendurada no teto. Era uma noite de contação de histórias. Nossa!! Pensou ela… contação de histórias?? Pois ano que vem, eu venho para ver o que é isso! E assim ela fez. Voltou para aquela cidade cheia de montanhas e de povo acolhedor, fez um curso sobre a arte de contar histórias e finalmente assistiu a um espetáculo igual ao do ano anterior. Ficou encantada, e de volta para sua cidade, decidiu que também queria contar histórias.
Mas onde? Pensou, pesquisou, procurou, até que um dia chegou a um lugar cheio de livros, onde moram muitas histórias e descobriu que havia uma moça, que quietinha, já contava histórias ali e em outros lugares. Era lá mesmo que queria ficar.
Disse que convidaria duas amigas para ajudá-las. Uma delas, era uma fada sábia disfarçada de gente, cabelos brancos e olhar profundo. A outra, vaidosa, era uma grande dama que gostava de contar piadas e causos.
E naquele lugar cheio de livros enfeitiçados pelo pozinho de Pirlimpimpim, deram início à um novo capítulo de suas vidas contando suas histórias preferidas para crianças, na esperança que cada vez mais livros fossem abertos, espalhando histórias pelo mundo.
As pessoas daquele lugar gostavam e se interessavam cada vez mais pelas histórias, atraídos por esse momento de magia e encantamento. Isso fez com que novas fadas disfarçadas de gente surgissem com o tempo.
Sendo assim, passaram a contar mais e mais histórias e o grupo foi crescendo, crescendo, crescendo. Veio fada de mãos habilidosas e que sempre trazia novas histórias; mulher com voz de veludo, alegre e com sorriso franco encantador; moço inteligente, culto e que também gostava de dividir suas histórias; moça alta, grande educadora, simpática, com voz suave e rouca; a conhecedora de todos os mitos, e que por paixão, contou histórias reais para jovens durante muitos e muitos anos; outra, alegre, esperta, que sabe expressar os sentimentos através das palavras; e até uma artista das cores, tímida, e que prefere ficar nos bastidores. Se um contador tinha que partir, logo a magia do Pirlimpimpim dava conta de presentear o grupo com outros “en-contadores”.
O tempo passou e muitas histórias esse grupo viveu. Acima de tudo aprendeu a se respeitar, a compartilhar alegrias e também momentos tristes. Se tornaram grandes amigos! Cada encontro, sempre uma alegria, seja nas sessões de contação de histórias na biblioteca, nos cursos, ou nas reuniões regadas com chá das fadas! Esses contadores de histórias dividiam o que sabiam com outras pessoas, espalhando sementes debaixo da língua, compartilhando conhecimento, ensinando em muitos lugares essa arte e fazendo surgir novos contadores de histórias.
A menina curiosa, a fada sábia disfarçada de gente e a grande dama partiram para contar histórias no céu, alegrando os anjos. Mas estão sempre brilhando junto às estrelas do Pirlimpimpim e deixando uma saudade imensa em nossos corações!
Essa é a nossa história e não sabemos como irá terminar… porém, acreditamos que sempre será com “E foram felizes para sempre!” com outras pessoas chegando, somando, espalhando as histórias, proporcionando momentos de magia e encantamento. Afinal “… as histórias continuam… continuam… continuam”.
Pirlimpimpim Contadores de Histórias
Formado em agosto de 1996, é composto por seis voluntários que objetivam manter pela oralidade e pelos livros, a tradição de contar histórias do acervo cultural dos povos, pois, essas histórias ligam-se à narratividade, característica inerente do ser humano e lidam com verdades e valores universais.
Para conhecer mais sobre o grupo, acesse:contadorespirlimpimpim.blogspot.com.br
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