27 abril 2014
PARA REFLETIR
Às vezes nos deparamos com histórias que deixam lições de vida, de uma forma até irônica, mas cheias de inspiração e sabedoria, como essa que, dizem, veio de algum país do oriente.
A CURA
Um homem vivia doente, ou achava que era muito doente. Queixava-se de dores todos os dias, em todos os momentos, para quem estivesse disposto a ouvi-lo. Quando ele aparecia, as pessoas procuravam se afastar, pois estavam cansadas de tantas lamúrias. Passou a ser ignorado e indesejável por todos de uma pequena cidade.
O infeliz homem já havia ido a todos os médicos conhecidos, queixando-se de dores nos pés, nas pernas, na cabeça, nas costas, nas mãos e tomado todos os remédios que apareciam pela sua frente.
Mas ele continuava reclamando de dores, cada vez mais fortes. Como ficava deitado o dia todo, não trabalhava nunca, deixando para os filhos e a esposa a obrigação de ganhar o sustento da casa.
Mas, como não há mal que sempre dure e dor que perdure, certo dia apareceu na cidade um famoso e sábio médico, que, sabendo da história do eterno doente foi examiná-lo.
Conversou muito com ele, examinou-o com muito cuidado e, por fim disse:
_ Sei de um remédio tão eficaz, que vai curá-lo para sempre de suas dores; para isso, você terá que ir procurá-lo pessoalmente no alto daquela montanha , que fica a três léguas daqui; no alto dela há uma castanheira muito antiga e frondosa. Sob suas raízes existem escondidas, castanhas de ouro. Elas poderão curá-lo, depois que você as desenterrar; esse é o remédio para sua misteriosa doença!
_Castanhas de ouro? Vou procurá-las agora mesmo!
O homem, animado com a possibilidade de ficar rico, saiu em direção à montanha, sozinho, carregando uma pesada pá. Lá chegando começou a cavar sob as raízes da castanheira. Cavou muito, em todas as direções e nada encontrou; indignado, foi procurar o médico, reclamando da viagem inútil.
_Meu filho, você está reclamando sem motivo! Você foi andando até lá, carregando uma pesada pá nas costas, subiu aquela montanha tão alta, cavou bastante e diz que foi enganado?
_Sim senhor, fiz tudo isso e não encontrei as castanhas de ouro, para ficar curado!
_ Pois então, caro senhor, quem fez tudo o que você fez, mostra que está curado ou que nunca esteve doente. O remédio para sua doença está no trabalho. Levante-se da cama. Comece hoje mesmo e terá sua recompensa de verdade.
19 abril 2014
Uma lenda brasileira
FOLCLORE BRASILEIRO- A MÃE D`ÁGUA
O folclore brasileiro é muito rico. As histórias correm pelo país, contadas pelo povo, que sempre encontram motivos para se encantar. Uma das histórias é da Mãe d`Água, ser mitológico, presente em várias culturas do mundo todo. Uma das versões, que existe no Espírito Santo, acontece assim:
Um pescador, que vivia nas vizinhanças do rio Guarapari, ganhava seu sustento com os peixes pescados nesse rio; ele era muito pobre, e todas as manhãs saia de sua choça, para a pesca diária; ele passava sempre pelo mesmo caminho, mas certo dia, resolveu mudar o itinerário. Para seu espanto, e encantamento, viu, sentada em uma grande pedra, na beira do rio, uma mulher, a mais linda que já vira. Ficou ali parado, extasiado com tanta beleza. Ele já ouvira várias vezes que, a Mãe d`Água morava por ali, naquele rio; imaginou, então, que era ela, ali sentada, tentando encantar os homens. Mas ele não se intimidou: chegou de mansinho, sem que ela o visse e agarrou-a pelos cabelos. Indefesa, a Mãe d`Água foi arrastada até a cabana do pescador, que lhe propôs casamento. Ela aceitou com a condição de nunca ouvi-lo criticar os seres do rio, parentes dela. Feito o acordo eles passaram a viver juntos.
O tempo passou, vieram os filhos e o pescador enriqueceu-se muito, pelos poderes dela. Ele adquiriu terras, construiu uma linda casa, tinha muitos empregados e dinheiro é que não lhe faltava.
Mas, certo dia, a mulher sentiu saudades do fundo do rio, e pediu que o pescador a deixasse ir embora; mas ele não consentiu. Ela, desgostosa da vida, abandonou os cuidados com a casa, com os empregados e com os filhos, que ficaram ao Deus dará, sem obedecer ninguém, fazendo artes, sem horário para comer e nem dormir. A casa ficou suja e desarrumada, pois os empregados deixaram de trabalhar; tudo era uma grande confusão.
O pescado, apesar de contrariado, nada falava, até que, sem querer ele murmurou:
_ Maldito povo do fundo do rio!
No mesmo instante, aconteceu uma grande explosão e, no meio da sala, abriu-se um grande buraco.
A Mãe d´ Água, enraivecida, começou a cantar uns versos:
essas pessoas não são daqui
são lá do rio Guarapari
esse dinheiro não é daqui
é lá do rio Guarapari
eu também não sou daqui
sou lá do rio Guarapari
Conforme a Mãe d´ Água cantava, as pessoas da casa, da fazenda, os filhos, os móveis , os objetos, o dinheiro iam para o imenso buraco e desapareciam, até que ela, também, desapareceu.
O pescador tudo olhava, horrorizado, mas nada podia fazer.
Ele ficou, pois não era do rio. Perdeu tudo e voltou a ser o que sempre fora: um pobre pescador, morando numa pobre choça!
ACABOU-SE A HISTÓRIA, MORREU A VITÓRIA; ENTROU POR UMA PORTA E SAIU PELA OUTRA.
QUEM QUISER, QUE CONTE OUTRA!
16 abril 2014
VISITAS DA SEMANA
Visitas da semana
Nesta segunda-feira, dia 14 de abril, recebemos a visita dos alunos da EMEF Prof. Edson José Puga,no período da manhã e a tarde. Foram os primeiros anos A,B e C , além do 2º A, acompanhados das professoras Iva e Sandra(manhã) e Maraisa e Franciele (tarde); vieram também a EMEI. Andrea Marangão ( Maternal), pela manhã e 2ºs B e C da EMEIF Manoel Joaquim Fernandes.
A meninada fica tão atenta, que às vezes, achamos que o tempo para, fazendo com que a magia dos contos transforme a realidade em sonho.
Quando o rei manda tirar um móvel da base da torre, e há uma parada estratégica na contação, as crianças adivinham o que vai acontecer e começam a rir; quando a torre balança com o rei lá em cima, muitas crianças, em suas cadeiras balançam também, acompanhando a cena com os braços e o corpo. Para amenizar a violência que tem nos cercado diariamente, o rei não se esborracha no chão, porque seus súditos, penalizados, correm com colchões e almofadas, suavizando a queda do monarca, que fica todo quebrado,porém vivo e arrependido de suas teimosias.
Muito interessante, é observar a participação dos pequenos ouvintes na história da Medusa; muitos jamais se esquecerão, do olhar terrível que ela lança, e depois transforma em pedra.
Além de ouvir histórias, as crianças puderam ver uma pequena exposição, referente a Monteiro Lobato e fizeram uma visita monitorada na Biblioteca, sentindo a importância dos livros em nossas vidas.
Quase 200 crianças estiveram presentes!
Como dia 21 de abril é feriado, não teremos sessões de contos. Para o dia 28 esperamos receber 6 turmas da EMEF. Prof. Maria do Carmo Pompeu Castro.
Assim, Pirlimpimpim,Contadores de Histórias, contribui com a Literatura, além de trazer um pouco de magia, para seus pequenos ouvintes!
13 abril 2014
A mentira do rei
Vejam só que história exemplar para os dias de hoje: O REI DA MENTIRA.
Existiu, há muito tempo atrás, um rei que gostava de fazer algumas brincadeiras para passar o tempo. Mas suas brincadeiras,às vezes, humilhavam as pessoas. Certa vez declarou que daria um tesouro e a mão da princesa em casamento , a quem contasse a maior mentira do mundo; no caso o mentiroso teria que ser um jovem.
Muitos jovens vieram participar do concurso, mas o rei não se interessava por nenhuma mentira, até que apareceu um rapaz do povo, muito pobre, porém esperto e trabalhador. Ele achou que poderia ganhar o prêmio e e apresentou-se ao rei. Este, achando que iria rir muito do rapaz, perguntou:
_Como é o seu nome, jovem?
_ Miguel.
_ E o que você veio me contar? Perguntou o rei.
_Majestade, certo dia fui à uma floresta para cortar lenha; cortei tantas árvores que a pilha formada por elas chegou até nas nuvens e tampou a luz do sol. Então, eu subi na pilha para amarrar tudo com uma corda tão comprida que daria para dar a volta na terra.
-Ora, ora,disse o rei, até agora não ouvi nenhuma mentira.
_ Calma, disse o rapaz. Ainda não acabei minha história; amarrei a pilha,mas na hora de descer, perdi o equilíbrio e caí. O tombo foi tão grande que afundei no chão, mas consegui me levantar e voltar correndo para casa.
_ Que história boba, disse o rei.
_Calma, disse Miguel; voltava para casa quando me encontrei com um macaquinho que trazia um a carta para mim.
_ E o que estava escrito na carta? O rei perguntou já um pouco curioso.
_ Estava escrito que você e meu pai trabalhavam juntos, no chiqueiro do rei de outro reino, e que na hora do almoço brigavam com os porcos para pegar a melhor espiga de milho.
O rei deu um salto do trono e, muito bravo gritou:
_ Isso é uma grande mentira! Meu pai sempre foi rei e nunca entrou num chiqueiro! Seu mentiroso!
_ Então eu contei a maior mentira do mundo, não é mesmo? Agora eu quero o meu prêmio!
O rei, envergonhado por ter perdido a aposta, mandou buscar o tesouro.
_ E onde está a princesa? Perguntou Miguel.
_ Meu jovem, o dinheiro é todo seu, mas a princesa não, pois você não é nenhum príncipe e nem nobre.
Miguel, mesmo contrariado, saiu do palácio carregando seu tesouro, mas falou bem baixinho:
_ Eu contei uma grande mentira, mas o rei da mentira está no trono. Ele é o grande mentiroso; o maior mentiroso do mundo!
08 abril 2014
LEMBRETE
Mais uma segunda-feira com a sala de contos repleta de crianças- quase 200. No dia 7 de abril estiveram na Biblioteca:
Emef. Professora Maria do Carmo Pompeu Castro-1°A e 2º A, acompanhados por Mônica, Raissa, Eliane e Aline;
Emeif. Deputado Manoel Joaquim Fernandes- 1ºB e 1ºC, acompanhados por Arisa e Roberta;
Emef. Prof. Edson José Puga- 2º B e 2ºC, junto com suas professoras Lucimara e Josiane.
Mais uma vez o Grupo Pirlimpimpim agradece a participação dessas classes,que tem demonstrado muito interesse nas nossas contações. A criançada ri, questiona, silencia e acompanha as peripécias dos personagens, como se realmente estivessem dentro das histórias. Para elas é um momento mágico, temos certeza disso.
Uma das histórias que contamos foi a do morcego, feio como ele só. Essa história pode ser encontrada no livro: LÁ VEM HISTORIA OUTRA VEZ, escrito por Heloisa Prieto, com ilustrações de Daniel Kondo, na página 44. Essa história conta como o morcego conseguiu conquistar seu lugar entre os animais com dentes, depois de um disputado jogo de bola, em que um dos times era formado de criaturas com asas e o outro time de criaturas com dentes.
Nesses nossos tempos de preconceitos e do politicamente correto, essa pequena história, do folclore indígena norte-americano, passa uma lição de tolerância e companheirismo. Vale a pena conhecê-la e contá-la.
Fica a nossa sugestão!
Até breve!
04 abril 2014
O REI E A LUA
O REI QUE QUERIA IR ATÉ A LUA
A lua sempre foi o sonho de muita gente que gostaria de chegar nela, mas houve um rei, há muito tempo atrás, que era muito ambicioso e cheio de exigências. Quando ele queria alguma coisa, nada o fazia mudar de ideia.
Certa vez, numa noite de lua cheia, bem redondinha mesmo, linda,linda, o rei olhou-a encantado por sua beleza e.... quis ir até ela. Mas a Lua fica muito longe e no alto!
O danado do rei mandou construir uma torre muito, muito alta, que pudesse chegar nela. Ele pensou que poderia alcançá-la, se subisse na torre. Mas todos lhe diziam que era impossível fazer uma torre tão alta.
Mas o teimoso do rei não se conformava, gritava e esperneava, com muita raiva, até que um súdito, para ganhar tempo, sugeriu que se empilhassem todos os móveis do palácio, o rei chegaria ao céu e andaria na Lua.
O rei ordenou que empilhassem os móveis do palácio, que não deu nem para o começo da torre. Mandou que seus súditos trouxessem seus móveis, para amontoar e fazer a torre; quem não obedecesse ia para a prisão. Mas, para decepção do teimoso rei, a torre de móveis não chegou ao céu.
Teve mais uma ideia, bem maluca: mandou cortar todas as árvores do reino, fabricar mais móveis, e colocar na pilha. A torre ficou tão alta que tocava as nuvens!
O rei, rindo de felicidade, começou a subir pela pilha, mas quando chegou no alto dela, viu que não chegara na Lua. Gritou, lá do alto:
_ Coloquem mais móveis!
_Não tem mais madeira, responderam.
_ Pois tirem o móvel que está mais embaixo e coloquem aqui no alto!
E, assim, um dos súditos puxou o móvel que estava por baixo de todos...
Claro que a pilha desmoronou e, o rei teimoso se esborrachou no chão, não incomodando mais ninguém com suas teimosias.
E, PIRLIMPIMPIM, esta história chegou ao fim!
01 abril 2014
MAIS NOVIDADES
MAIS NOVIDADES
Cada semana que começa, traz momentos de mais histórias, para novos ouvintes.
Ontem, 31 de março, recebemos 4 turmas de alunos de nossa cidade:
EMEF. Professor Edson José Puga-5º ano A, com a professora Priscila
EMEF. Deputado Manoel Joaquim Fernandes- 5º ano, com a professora Sílvia Carmem e a estagiária Ana Cláudia.
EMEF. Professora Norma Mônico Truzzi (Jafa )- 4º ano, com Nilza; 4º ano, Sandra e 5º ano , com Ana Carolina.
EMEI. Maria Helena Santos Miranda- Maternal com Juliana e Jucimara e a coordenadora Cristina.
Mais uma vez tivemos quase 200 crianças ouvindo nossas histórias:
A mensagem secreta- folclore persa;
O morcego, feio como ele só- origem norte- americana;
O senhor Palha- tradição japonesa;
Por que a zebra tem listras- lenda africana;
Por que o macaco se esconde nas árvores- conto africano;
O sonho de Ícaro- lenda grega;
A bruxa Salomé- conto popular;
Menina bonita do laço de fita- preconceitos.
Convidamos a todos para ouvir essas e outras histórias, todas as segundas-feiras do período escolar, pois será imenso prazer nosso recebe-los; nossas sessões são abertas ao público em geral, também. Ouvir histórias é um convite à imaginação, que nos faz viajar por lugares distantes, escalar montanhas, voar entre as nuvens, mergulhar em águas profundas, conhecer personagens interessantes, mas sobretudo estimular a criatividade.
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