Há muitos e muitos séculos atrás, muito antes de Jesus
nascer e muitos anos antes da invenção da escrita, era uma vez um povo,
chamado celta que vivia em lugares, conhecidos, hoje, como País de Gales,
Escócia, Irlanda, Bretanha e Cornualha, França e Bélgica. Dependendo do lugar
onde morava, esse povo se dedicava ou à agricultura ou à criação de ovinos
(carneiros, ovelhas). Professavam o druduísmo, eram voltados e devotados à
Terra Mãe, não tinham o conceito de céu e inferno, como se tem agora e não tinham,
também, a ideia de demônios e diabo.
Acreditavam
em fadas, mas, muitas vezes, elas eram hostilizadas e consideradas perigosas
para o homem porque eles temiam que elas tomassem o lugar deles na terra. Eles
seguiam um calendário cujo ano era dividido em duas metades: a "metade da
luz", consistindo em grande parte dos meses de primavera e verão quando os
dias são mais longos e as noites mais curtas, e a "metade escura",
constituída dos meses do outono e do inverno quando os dias são mais curtos e
as noites são mais longas. Anualmente, os celtas celebravam o fim da “metade da
luz” com um Festival do Fogo que anunciava o fim das colheitas e o início
do ano novo . Celebravam, também, nesse festival, o Samhain porque,
acreditavam que o espírito das pessoas que tinham morrido durante o ano,
voltaria à procura de corpos vivos para possuir e usar pelo próximo ano. Os
celtas achavam que essa era a única chance de vida após a morte. Eles
acreditaram em todas as leis de espaço e tempo, o que permitia que o mundo dos
espíritos se misturassem com o dos vivos. Como os vivos não queriam ser
possuídos, eles apagavam as tochas e fogueiras de suas casas, para que elas se
tornassem frias e desagradáveis e se fantasiavam com as cabeças e o couro
retirados de animais e ruidosamente desfilavam em torno das casas do povoado,
tentando ser tão destrutivos quanto possível, a fim de assustar os que
procuravam corpos para possuir.
O Samhain, era dedicado ao senhor da morte,
que governava todas as forças das trevas e que permitia que as almas dos mortos
voltassem a seus lares terrenos. Por ordem dos druidas, todos deveriam apagar o
fogo de suas lareiras, porque mais tarde, quando passasse o momento em que os
espíritos apareciam, uma Fogueira Sagrada seria acesa e de suas brasas, o fogo,
em cerimônias comunitárias, seria levado para reacender as lareiras das casas.
Nesse dia se comemorava o final da
colheita e o início do ano novo celta. Comemorava-se, também, o início de um
período muito difícil para todos de muita escuridão e de muito frio, período
esse, que ficou associado aos mortos. Esses festivais eram presididos pelos
sacerdotes celtas, os druidas, que eram considerados os intermediários entre os
vivos os mortos .
Por
essa associação aos mortos, esse Festival do Fogo, na época em que os romanos
conquistaram toda a região dos celtas, as crenças foram se modificando e os
deuses pagãos foram sendo substituídos pelos santos da Igreja Católica e o
Samhain ganhou um novo perfil e denominação. Passou-se a comemorar, a véspera
do dia de Todos os Santos como Halloween.
Halloween
é, na verdade, um encurtamento de “All halloow ´s eve” ( All
significa todos, em inglês. Hallow quer dizer santo e Eve significa véspera.
Atualmente,
no Halloween comemora-se o dia
das bruxas das Bruxas e que esta tradição foi trazida para os Estados Unidos
por meio de imigrantes irlandeses que no século XIX, fugiram das doenças e da
fome provocadas pela contaminação da batata.