Mais um curso do ProAc -Programa de Ação Cultural - Apoio A PROJETOS DE DIFUSÃO DA LITERATURA NO ESTADO DE SÃO PAULO.
Desta vez será em Garça, na Biblioteca Pública Municipal, onde o nosso grupo tem sua sede. A Associação Movimento Pró-Cultura tem nos dado muita atenção na realização dos cursos programados e, por isso, muito agradecemos. Já ministramos três cursos de um total de cinco. Após o curso de Garça iremos para Paraguaçu Paulista, outra cidade da região. Estaremos em Garça nos dias 29 de setembro e 6 de outubro. Esperamos que tenha o mesmo sucesso que tivemos em Oscar Bressane, Vera Cruz e Álvaro de Carvalho, quando os participantes não mediram esforços para mostrar o melhor desempenho possível na avaliação.
Os resultados foram gratificantes e ficamos orgulhosas de nosso trabalho.
Ficaremos felizes quando soubermos que participantes dos cursos estejam desenvolvendo projetos de contação, formando grupos de contadores, aplicando o que aprenderam em suas aulas ou em seus lares, com os filhos, sobrinhos, netos ou vizinhos.
Afinal de contas, as histórias precisam ser contadas para que não desapareçam. Não fossem os contadores de todos os tempos e lugares não conheceríamos nada do mundo em que vivemos!
Nós sempre repetimos para nossos ouvintes:
"Todos sabem contar histórias. Cada vez que alguém comenta algo, está contando uma história, que poderá ser triste, alegre, romântica,trágica, longa, curta, monótona, verdadeira, mentirosa, etc. E quem procura ler mais, é capaz de falar melhor, estudar melhor, escrever melhor e ter melhores oportunidades na vida."
As histórias mostram a diversidade do mundo, outros pontos de vista, esclarecem dúvidas, ampliando o saber.
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Eis outra história do folclore brasileiro:
A Mãe d´Água
Era uma vez um caboclo bem pobre, muito pobre mesmo que morava bem perto do rio Guarapari, no estado do Espírito Santo. Chamava-se José.
Ele ía todos os dias trabalhar numa roça e, sempre via, sentada numa pedra na beira do rio, uma linda índia, que diziam ser a Mãe d´Água, mulher que atraía os homens para o fundo das águas. José também ficava fascinado com ela, mas foi mais esperto, e, certo dia aproximou-se sem que ela percebesse, agarrou-a e levou-a para casa. Ela gostou dele e resolveram se casar, mas com a condição de José nunca criticar os moradores das águas. Ele prometeu e se casaram.
A vida de José, então foi melhorando cada vez mais: construiu uma casa muito boa, comprou terras, gado, juntou bastante dinheiro e tiveram filhos.
Tudo ia muito bem até o dia em que a Mãe d´Água começou a sentir saudades de sua antiga vida nas águas. Aí tudo mudou: ela deixou de cuidar dos filhos,que agora passavam os dias só brincando, sujos, mal alimentados e fazendo diabruras; não limpou mais a casa, não fez mais comida,e vivia a implicar e brigar com José, que não respondia e nem se zangava. Mas um dia ele não aguentou mais e murmurou:
- Maldito povo do fundo das águas!
Foi o que bastou! Ela levantou-se furiosa e no mesmo instante ouviu-se um grande estrondo! No meio da sala abriu-se um enorme buraco e ela começou a cantar:
Esse povo não é daqui
É lá do rio Guarapari.
Então, todas as pessoas da casa - filhos e empregados - dirigiram-se ao buraco e nele desapareceram.
E ela continuou:
Esse dinheiro não é daqui
É lá do rio Guarapari
E todo o dinheiro da casa foi desaparecendo dentro do grande buraco.
Cada vez que ela cantava móveis, utensílios, objetos e animais desapareciam no buraco. E ela cantou afinal:
Até esta casa não é daqui
É lá do rio Guarapari
A casa e as terras sumiram; ela sumiu logo em seguida para sempre. José não sumiu, pois ele não era do rio.
E ele ficou sozinho e pobre como sempre fora.
Acabou-se a história
Morreu a vitória
Entrou por uma porta e saiu pela outra
E quem quiser que conte outra!
28 setembro 2012
19 setembro 2012
Curso para contadores de Histórias
Sábado, dia 15 de setembro estivemos na cidade de Álvaro de Carvalho, para iniciar mais um dos cursos do projeto apoiado pelo Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura, do Programa de Ação Cultural -PROAC- e pela Escola Municipal de Cultura Artística Amélio Naná Zancopé, de Garça.
É o terceiro curso do projeto: OUVIR E LER: UM GRANDE PRAZER. Já estivemos nas cidades de Oscar Bressane e Vera Cruz, com a mesma proposta. É um curso rápido, de 12 horas, aos sábados. É gratuito, apostilado e com direito a certificado. Abordamos os temas principais para contar uma boa história - porque, como e o que contar, de forma que os participantes terminem o curso com uma base geral. Depois, fica o convite para treinar sempre mais com crianças, jovens e adultos. O treino, como em qualquer atividade, é indispensável. Encaramos o contar história como algo divertido, mas sabemos que é muito gratificante, além de oportunidade para pesquisas e novas vivências. Ficamos conhecendo pessoas maravilhosas por onde passamos. Somos acolhidas com carinho e atenção; vemos o interesse estampado nos participantes que procuram fazer as atividades com muito empenho.
Terminando o terceiro curso sábado, dia 22, já estamos nos preparando para o quarto curso, em Garça, nos dias 29 de setembro e 6 de outubro. Está sendo uma verdadeira maratona, mas estamos certas de que ganharemos os louros da vitória.
É o terceiro curso do projeto: OUVIR E LER: UM GRANDE PRAZER. Já estivemos nas cidades de Oscar Bressane e Vera Cruz, com a mesma proposta. É um curso rápido, de 12 horas, aos sábados. É gratuito, apostilado e com direito a certificado. Abordamos os temas principais para contar uma boa história - porque, como e o que contar, de forma que os participantes terminem o curso com uma base geral. Depois, fica o convite para treinar sempre mais com crianças, jovens e adultos. O treino, como em qualquer atividade, é indispensável. Encaramos o contar história como algo divertido, mas sabemos que é muito gratificante, além de oportunidade para pesquisas e novas vivências. Ficamos conhecendo pessoas maravilhosas por onde passamos. Somos acolhidas com carinho e atenção; vemos o interesse estampado nos participantes que procuram fazer as atividades com muito empenho.
Terminando o terceiro curso sábado, dia 22, já estamos nos preparando para o quarto curso, em Garça, nos dias 29 de setembro e 6 de outubro. Está sendo uma verdadeira maratona, mas estamos certas de que ganharemos os louros da vitória.
17 setembro 2012
05 setembro 2012
O SAPO ENCANTADO
Em nossas viagens imaginárias pelo mundo das histórias, muitas vezes nos deparamos com algumas que podem nos causar arrepios, como essa:
Era uma fartura de dar gosto!
Luís ia todos os dias à cidade vender a colheita do sítio, que dava um bom dinheirinho.
Certa tarde, quando voltava da cidade, escutou gemidos. Parou para ouvir de onde vinha o som e, reparou, que na beira da estrada, havia um sapo debaixo de uma pedra. Era o sapo que gemia dolorosamente.
Compadecido, Luís retirou, cuidadosamente a pedra que estava sobre o sapo. Aconteceu,então, algo que assustou Luís: o sapo agradeceu o favor, falando como gente!
Luís contou o caso para a mulher e os filhos que também ficaram admirados. Mas logo se esqueceram disso . A vida continuou com muito trabalho no sítio e vendas na cidade.
Certa tarde, Luís voltava da cidade com uma bolsa cheia do dinheiro das vendas, quando ouviu uma voz que dizia:
- Cuidado, não vá por esse caminho!
Ouviu três vezes o aviso e, na terceira vez, viu que era o sapo que falava. Cansado e com pressa de chegar em casa, Luís continuou a sua caminhada, quando, de repente, um bandoleiro saltou-lhe à frente, gritando:
- A bolsa ou a vida!
Mas, como por encanto surgiu um guerreiro,com armadura e espada que lutou com o ladrão e o afugentou.
Luís agradeceu ao guerreiro que lhe disse:
- Você não tem nada para agradecer; eu é que lhe sou grato. Lembra-se daquele sapo que estava sob a pedra e você salvou? Era eu, um príncipe que um dia fui encantado por um bruxo malvado e que só seria desencantado por alguém que tivesse piedade de mim. E você desencantou-me, Luís! Venha até meu reino que vou lhe dar uma recompensa maior ainda.
Luís foi até o reino do guerreiro que lhe deu uma grande fortuna.
Depois, voltou para seu sítio e viveu muito feliz com a família, por muitos anos.
Essa história foi contada para uma turma de crianças muito atentas, da Escola Samira Ell Adass, 1º, 2º e 3º anos, que vieram prestigiar a sessão de contos na Biblioteca Municipal, no dia 3 de setembro de 2012, pela manhã. Ouviram essa e mais outras histórias, saindo dali com alegria evidente.
É essa a maior recompensa para o contador de histórias.
O SAPO ENCANTADO
Luís, um sitiante muito simples, cuidava de sua propriedade com muito carinho; tinha plantação de milho, mandioca, cana, abóbora,um pequeno cafezal, duas vacas, dez cabras, porcos e várias galinhas; sua esposa, Rosa cuidava da horta que produzia muitas verduras e legumes: alface,couve, almeirão, rúcula, temperos, etc. O pomar era uma beleza: havia pés de mangas, jabuticabas, laranjas, goiabas, cajus e outras mais. Quando era época das frutas a família se deliciava saboreando as frutas no pomar mesmo.Era uma fartura de dar gosto!
Luís ia todos os dias à cidade vender a colheita do sítio, que dava um bom dinheirinho.
Certa tarde, quando voltava da cidade, escutou gemidos. Parou para ouvir de onde vinha o som e, reparou, que na beira da estrada, havia um sapo debaixo de uma pedra. Era o sapo que gemia dolorosamente.
Compadecido, Luís retirou, cuidadosamente a pedra que estava sobre o sapo. Aconteceu,então, algo que assustou Luís: o sapo agradeceu o favor, falando como gente!
Luís contou o caso para a mulher e os filhos que também ficaram admirados. Mas logo se esqueceram disso . A vida continuou com muito trabalho no sítio e vendas na cidade.
Certa tarde, Luís voltava da cidade com uma bolsa cheia do dinheiro das vendas, quando ouviu uma voz que dizia:
- Cuidado, não vá por esse caminho!
Ouviu três vezes o aviso e, na terceira vez, viu que era o sapo que falava. Cansado e com pressa de chegar em casa, Luís continuou a sua caminhada, quando, de repente, um bandoleiro saltou-lhe à frente, gritando:
- A bolsa ou a vida!
Mas, como por encanto surgiu um guerreiro,com armadura e espada que lutou com o ladrão e o afugentou.
Luís agradeceu ao guerreiro que lhe disse:
- Você não tem nada para agradecer; eu é que lhe sou grato. Lembra-se daquele sapo que estava sob a pedra e você salvou? Era eu, um príncipe que um dia fui encantado por um bruxo malvado e que só seria desencantado por alguém que tivesse piedade de mim. E você desencantou-me, Luís! Venha até meu reino que vou lhe dar uma recompensa maior ainda.
Luís foi até o reino do guerreiro que lhe deu uma grande fortuna.
Depois, voltou para seu sítio e viveu muito feliz com a família, por muitos anos.
(História popular do folclore brasileiro)
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Essa história foi contada para uma turma de crianças muito atentas, da Escola Samira Ell Adass, 1º, 2º e 3º anos, que vieram prestigiar a sessão de contos na Biblioteca Municipal, no dia 3 de setembro de 2012, pela manhã. Ouviram essa e mais outras histórias, saindo dali com alegria evidente.
É essa a maior recompensa para o contador de histórias.
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