As histórias podem ser do dia a dia das pessoas; gente como a gente! Esta história de hoje é um exemplo:
Aninha olhava tristemente para o galinheiro; sabia que ELA
não estaria mais ali!
ELA era a sua querida galinha carijó; e começou a
lembrar-se...
Todos os dias, Aninha era encarregada de cuidar das galinhas
do terreiro. Era uma ocupação muito fácil: bastava pegar uma bacia cheia de
milho e falar: ti,ti,ti,ti,ti...ti,ti,ti,ti,ti...Era aquela correria da
galinhada para encher o papo. As bicadas das aves divertiam Aninha! Havia
brigas pelos grãos de milho, sim! Quem fosse mais rápida comia mais. Porém Codinha
ficava sempre para trás! Codinha era
uma galinha carijó, muito gorda e lerda. Era a última para chegar.
Mas Aninha gostava muito de Codinha e guardava um bom
punhado de milho para ela.
Amizade de galinha e menina é diferente mas existe, ou pelo
menos existia naquele terreiro.
Aninha corria atrás da galinha, colocava a galinha no colo,
lia histórias para a galinha, deixava a galinha cochilar no seu colo, cantava
para a galinha até que uma tragédia aconteceu!
-Galinha gorda vai pra panela!
Foi o que disse a mãe da Aninha num lindo dia de verão em
que visitas chegariam.
Aninha correu para esconder Codinha, mas sua mãe foi mais
rápida. Em pouco tempo Codinha virou um suculento ensopado!
E, como última homenagem a Codinha, Aninha recusou-se a
comer o ensopado!