Mais um ano está chegando ao fim e, mais uma vez a esperança de dias melhores aquece o coração da humanidade do mundo ocidental, é claro, pois em outras culturas a data é diferente. Mas, de qualquer for-ma, a expectativa é a mesma.
As pessoas se acotovelam em rodoviárias e aeroportos, dirigem seus veículos por estradas congestionadas e perigosas ou reúnem-se nas casas de parentes ou amigos para despedir-se do ano velho e saudar o novo ano.
Muitas vezes o ano que fica para trás não deixará saudades- quem sabe o próximo será melhor!
Outras vezes, boas lembranças serão guardadas com carinho!
O Grupo Pirlimpimpim Contadores de Histórias terá boas lembranças de 2012!
Fizemos tantas atividades, contamos tantas histórias, passamos tantos bons momentos com pessoas maravilhosas, recebemos tantas manifestações de carinho, que não temos do que nos queixar. Viajamos, brincamos, cantamos e rimos muito, mas também trabalhamos bastante, tendo como recompensa resultados excelentes. Por onde passamos deixamos amigos que nos encantaram!
Agradecemos a Deus mais este presente em nossas vidas: o ano de 2012 que se foi!
Bem vindo 2013!
28 dezembro 2012
15 dezembro 2012
PRIMAVERA E INVERNO
PRIMAVERA E INVERNO
Um dia o inverno encontrou-se com a primavera e quis humilhá-la, pois não gostava dela, aliás, tinha é muita inveja dela.
-Você é muito boba mesmo! Deixa que lhe roubem uma flor, permite que o vento e a chuva a castiguem e nunca fica em paz. Nunca reage! Eu não sou assim. Deixo todos encolhidos de frio, obrigo as pessoas a ficar em casa fugindo da neve e do gelo e faço todo mundo tiritar e bater os dentes.
-Certamente caro amigo, todos fogem e temem sua presença; por isso ficam alegres quando você vai embora, e eu chego de volta , alegrando a todos com lindas flores, dias mais claros e temperaturas amenas. Sou amada, deixo todos felizes, mas você é insuportável!
Moral desta fábula:
" Depois de dias ruins e difíceis, chegam dias melhores."
Um dia o inverno encontrou-se com a primavera e quis humilhá-la, pois não gostava dela, aliás, tinha é muita inveja dela.
-Você é muito boba mesmo! Deixa que lhe roubem uma flor, permite que o vento e a chuva a castiguem e nunca fica em paz. Nunca reage! Eu não sou assim. Deixo todos encolhidos de frio, obrigo as pessoas a ficar em casa fugindo da neve e do gelo e faço todo mundo tiritar e bater os dentes.
Mas a primavera, toda delicada, respondeu ao frio:
-Certamente caro amigo, todos fogem e temem sua presença; por isso ficam alegres quando você vai embora, e eu chego de volta , alegrando a todos com lindas flores, dias mais claros e temperaturas amenas. Sou amada, deixo todos felizes, mas você é insuportável!
Moral desta fábula:
" Depois de dias ruins e difíceis, chegam dias melhores."
04 dezembro 2012
O HOMEM E O LEÃO
Era uma vez um
leão, que por estar de barriga cheia, caminhava calmamente e de bom humor. Numa
encruzilhada encontrou-se com um homem e, como iam para o mesmo destino, os
dois passaram a caminhar juntos, conversando animadamente.
Falavam de suas famílias, seus gostos
preferidos, suas habilidades e proezas.
- Eu me orgulho
de ser um leão, porque não há ninguém tão forte como eu , ou minha família! Sou
imponente e todos me respeitam. Sou o rei dos animais!
_ Pois eu tenho
orgulho de ser humano; somos fortes, dominamos os animais selvagens como você e
temos uma inteligência que nos ajuda a superar todas as dificuldades.
O leão escutava
com atenção e rebatia as afirmações do homem, explicando que também tinham
essas qualidades, mas de forma diferente.
E a conversa parecia não chegar a um
acordo, quando viram, ao lado da estrada uma grande estátua de um homem
estrangulando um leão.
_Veja como somos mais fortes! -disse o
homem.
Mas o leão não se
deu por vencido e retrucou:
_Amigo, se
pudéssemos esculpir pedras, sabe quantos homens estariam sob a pata do leão?
Moral da história: a arte pode representar qualquer coisa,
mesmo as fora da realidade.
31 outubro 2012
OUVIR E LER: UM GRANDE PRAZER
Chegamos ao final de nossos cursos em várias cidades neste ano.
Paraguaçu Paulista foi a última, e foi realmente gratificante, o resultado conseguido. Pessoas maravilhosas, participativas, deixaram-nos com o coração derretido de emoção e alegria.
Como de costume, no final do curso, cada participante tem que contar uma história; é nesse momento, que notamos o desprendimento, emoção, dedicação e interesse de cada um. Todos se esmeram, para contar da melhor forma possível, a história escolhida e preparada durante a semana. É uma sessão de contos de dar inveja! Muitos já tem um certo preparo, pois costumam contar histórias para seus alunos; outros, participam de grupos de teatro e, por isso, tem certa desinibição que falta em alguns, mas que não se intimidam e vão em frente no desafio. Passamos horas cheias de alegria!
O Grupo Pirlimpimpim agradece, de coração, a atenção que nos foi dispensada em Paraguaçu Paulista, em especial ao Reginaldo, que não poupou esforços para nos receber tão bem.
Estamos à inteira disposição para atendê-los em outros momentos.
Um grande abraço na turma que finalizou brilhantemente o curso:
Carla, Débora, Edilene, Ednéia Elaine Cristina, Eliane, Érica, Isabella, Ivanete, João Vítor, Márcia, Maria Aparecida, Maria Francisca, Maria Luciana, Melissa, Rafaela,Regiane, Rita de Cássia, Sandra,Solange, Ticiana, Valdirene, Eva, Júlia , Ilma, Iolanda.
Vejam só a alegria nas nossas últimas fotos!
12 outubro 2012
As duas galinhas
10 outubro 2012
Já estamos com saudades!
Os nossos cursos patrocinados pelo ProAC continuam a todo vapor; estivemos em Álvaro de Carvalho onde contamos com a participação de 17 integrantes, pessoas maravilhosas que demonstraram que o trabalho fica muito mais agradável se feito com alegria e disposição. Foram dois sábados muito proveitosos,culminando em ótimas apresentações no final do curso. Constatamos, com alegria, que nosso trabalho deu bons frutos, que podemos afirmar, com certeza, que as histórias não podem acabar.
Agradecemos, também, pelo carinho com que fomos recebidas por Adriana, Angélica, Carla, Cintya, Gabriella, Cleonice, Janaína, Maria do Carmo, Marta, Maria Helena, Mariza, Rachel, Neusa, Rosalina, Sílvia, Vanessa e Elza.
Um grande abraço para todas e, quem sabe, até breve...
Mas como não podemos parar, chegou a vez de nossa cidade, Garça, nos dias 29 de setembro e 6 de outubro. Mais uma maratona de papéis, estudo e contatos para que tudo desse certo.
E como deu certo!
Uma sala lotada com 32 participantes, ansiosos por conhecer a arte de contar histórias e seu vínculo com a leitura, tão importante na atualidade.
Nós ficamos empolgadas ao ver o interesse da turma, que demonstrou que estava ali para saber mais sobre um assunto que pode parecer fútil a muitos, mas que pode ajudar a compreender melhor o mundo que nos cerca e, auxiliar bastante em qualquer área profissional.
A magia correu solta nos dias do curso e o final não poderia ser melhor!
Parabéns aos participantes do OUVIR E LER: UM GRANDE PRAZER, em Garça: Adriana, Amy, Antonio, Carlos Eduardo, Cristiane, Dandara, Elaine, Fabiana Martinez, Francisléia, Judite, Juracy, Laércio, Lécia, Letícia, Lúcia Helena, Márcia, Maria Sônia, Mariza, Mayara, Nairana, Percília, Renata, Rosa, Sílvia, Sonia, Sueli, Tais, Tereza, Thais e Vanessa. Que bela turma! Quantas emoções!
Nosso trabalho, mais uma vez, foi valorizado. Estamos agradecidas pelos bons momentos que passamos com vocês. Um grande abraço!
Agradecemos, também, pelo carinho com que fomos recebidas por Adriana, Angélica, Carla, Cintya, Gabriella, Cleonice, Janaína, Maria do Carmo, Marta, Maria Helena, Mariza, Rachel, Neusa, Rosalina, Sílvia, Vanessa e Elza.
Um grande abraço para todas e, quem sabe, até breve...
Mas como não podemos parar, chegou a vez de nossa cidade, Garça, nos dias 29 de setembro e 6 de outubro. Mais uma maratona de papéis, estudo e contatos para que tudo desse certo.
E como deu certo!
Uma sala lotada com 32 participantes, ansiosos por conhecer a arte de contar histórias e seu vínculo com a leitura, tão importante na atualidade.
Nós ficamos empolgadas ao ver o interesse da turma, que demonstrou que estava ali para saber mais sobre um assunto que pode parecer fútil a muitos, mas que pode ajudar a compreender melhor o mundo que nos cerca e, auxiliar bastante em qualquer área profissional.
A magia correu solta nos dias do curso e o final não poderia ser melhor!
Parabéns aos participantes do OUVIR E LER: UM GRANDE PRAZER, em Garça: Adriana, Amy, Antonio, Carlos Eduardo, Cristiane, Dandara, Elaine, Fabiana Martinez, Francisléia, Judite, Juracy, Laércio, Lécia, Letícia, Lúcia Helena, Márcia, Maria Sônia, Mariza, Mayara, Nairana, Percília, Renata, Rosa, Sílvia, Sonia, Sueli, Tais, Tereza, Thais e Vanessa. Que bela turma! Quantas emoções!
Nosso trabalho, mais uma vez, foi valorizado. Estamos agradecidas pelos bons momentos que passamos com vocês. Um grande abraço!
04 outubro 2012
28 setembro 2012
Mais novidades!
Mais um curso do ProAc -Programa de Ação Cultural - Apoio A PROJETOS DE DIFUSÃO DA LITERATURA NO ESTADO DE SÃO PAULO.
Desta vez será em Garça, na Biblioteca Pública Municipal, onde o nosso grupo tem sua sede. A Associação Movimento Pró-Cultura tem nos dado muita atenção na realização dos cursos programados e, por isso, muito agradecemos. Já ministramos três cursos de um total de cinco. Após o curso de Garça iremos para Paraguaçu Paulista, outra cidade da região. Estaremos em Garça nos dias 29 de setembro e 6 de outubro. Esperamos que tenha o mesmo sucesso que tivemos em Oscar Bressane, Vera Cruz e Álvaro de Carvalho, quando os participantes não mediram esforços para mostrar o melhor desempenho possível na avaliação.
Os resultados foram gratificantes e ficamos orgulhosas de nosso trabalho.
Ficaremos felizes quando soubermos que participantes dos cursos estejam desenvolvendo projetos de contação, formando grupos de contadores, aplicando o que aprenderam em suas aulas ou em seus lares, com os filhos, sobrinhos, netos ou vizinhos.
Afinal de contas, as histórias precisam ser contadas para que não desapareçam. Não fossem os contadores de todos os tempos e lugares não conheceríamos nada do mundo em que vivemos!
Nós sempre repetimos para nossos ouvintes:
"Todos sabem contar histórias. Cada vez que alguém comenta algo, está contando uma história, que poderá ser triste, alegre, romântica,trágica, longa, curta, monótona, verdadeira, mentirosa, etc. E quem procura ler mais, é capaz de falar melhor, estudar melhor, escrever melhor e ter melhores oportunidades na vida."
As histórias mostram a diversidade do mundo, outros pontos de vista, esclarecem dúvidas, ampliando o saber.
*********************************************************************************
Eis outra história do folclore brasileiro:
A Mãe d´Água
Era uma vez um caboclo bem pobre, muito pobre mesmo que morava bem perto do rio Guarapari, no estado do Espírito Santo. Chamava-se José.
Ele ía todos os dias trabalhar numa roça e, sempre via, sentada numa pedra na beira do rio, uma linda índia, que diziam ser a Mãe d´Água, mulher que atraía os homens para o fundo das águas. José também ficava fascinado com ela, mas foi mais esperto, e, certo dia aproximou-se sem que ela percebesse, agarrou-a e levou-a para casa. Ela gostou dele e resolveram se casar, mas com a condição de José nunca criticar os moradores das águas. Ele prometeu e se casaram.
A vida de José, então foi melhorando cada vez mais: construiu uma casa muito boa, comprou terras, gado, juntou bastante dinheiro e tiveram filhos.
Tudo ia muito bem até o dia em que a Mãe d´Água começou a sentir saudades de sua antiga vida nas águas. Aí tudo mudou: ela deixou de cuidar dos filhos,que agora passavam os dias só brincando, sujos, mal alimentados e fazendo diabruras; não limpou mais a casa, não fez mais comida,e vivia a implicar e brigar com José, que não respondia e nem se zangava. Mas um dia ele não aguentou mais e murmurou:
- Maldito povo do fundo das águas!
Foi o que bastou! Ela levantou-se furiosa e no mesmo instante ouviu-se um grande estrondo! No meio da sala abriu-se um enorme buraco e ela começou a cantar:
Esse povo não é daqui
É lá do rio Guarapari.
Então, todas as pessoas da casa - filhos e empregados - dirigiram-se ao buraco e nele desapareceram.
E ela continuou:
Esse dinheiro não é daqui
É lá do rio Guarapari
E todo o dinheiro da casa foi desaparecendo dentro do grande buraco.
Cada vez que ela cantava móveis, utensílios, objetos e animais desapareciam no buraco. E ela cantou afinal:
Até esta casa não é daqui
É lá do rio Guarapari
A casa e as terras sumiram; ela sumiu logo em seguida para sempre. José não sumiu, pois ele não era do rio.
E ele ficou sozinho e pobre como sempre fora.
Acabou-se a história
Morreu a vitória
Entrou por uma porta e saiu pela outra
E quem quiser que conte outra!
Desta vez será em Garça, na Biblioteca Pública Municipal, onde o nosso grupo tem sua sede. A Associação Movimento Pró-Cultura tem nos dado muita atenção na realização dos cursos programados e, por isso, muito agradecemos. Já ministramos três cursos de um total de cinco. Após o curso de Garça iremos para Paraguaçu Paulista, outra cidade da região. Estaremos em Garça nos dias 29 de setembro e 6 de outubro. Esperamos que tenha o mesmo sucesso que tivemos em Oscar Bressane, Vera Cruz e Álvaro de Carvalho, quando os participantes não mediram esforços para mostrar o melhor desempenho possível na avaliação.
Os resultados foram gratificantes e ficamos orgulhosas de nosso trabalho.
Ficaremos felizes quando soubermos que participantes dos cursos estejam desenvolvendo projetos de contação, formando grupos de contadores, aplicando o que aprenderam em suas aulas ou em seus lares, com os filhos, sobrinhos, netos ou vizinhos.
Afinal de contas, as histórias precisam ser contadas para que não desapareçam. Não fossem os contadores de todos os tempos e lugares não conheceríamos nada do mundo em que vivemos!
Nós sempre repetimos para nossos ouvintes:
"Todos sabem contar histórias. Cada vez que alguém comenta algo, está contando uma história, que poderá ser triste, alegre, romântica,trágica, longa, curta, monótona, verdadeira, mentirosa, etc. E quem procura ler mais, é capaz de falar melhor, estudar melhor, escrever melhor e ter melhores oportunidades na vida."
As histórias mostram a diversidade do mundo, outros pontos de vista, esclarecem dúvidas, ampliando o saber.
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Eis outra história do folclore brasileiro:
A Mãe d´Água
Era uma vez um caboclo bem pobre, muito pobre mesmo que morava bem perto do rio Guarapari, no estado do Espírito Santo. Chamava-se José.
Ele ía todos os dias trabalhar numa roça e, sempre via, sentada numa pedra na beira do rio, uma linda índia, que diziam ser a Mãe d´Água, mulher que atraía os homens para o fundo das águas. José também ficava fascinado com ela, mas foi mais esperto, e, certo dia aproximou-se sem que ela percebesse, agarrou-a e levou-a para casa. Ela gostou dele e resolveram se casar, mas com a condição de José nunca criticar os moradores das águas. Ele prometeu e se casaram.
A vida de José, então foi melhorando cada vez mais: construiu uma casa muito boa, comprou terras, gado, juntou bastante dinheiro e tiveram filhos.
Tudo ia muito bem até o dia em que a Mãe d´Água começou a sentir saudades de sua antiga vida nas águas. Aí tudo mudou: ela deixou de cuidar dos filhos,que agora passavam os dias só brincando, sujos, mal alimentados e fazendo diabruras; não limpou mais a casa, não fez mais comida,e vivia a implicar e brigar com José, que não respondia e nem se zangava. Mas um dia ele não aguentou mais e murmurou:
- Maldito povo do fundo das águas!
Foi o que bastou! Ela levantou-se furiosa e no mesmo instante ouviu-se um grande estrondo! No meio da sala abriu-se um enorme buraco e ela começou a cantar:
Esse povo não é daqui
É lá do rio Guarapari.
Então, todas as pessoas da casa - filhos e empregados - dirigiram-se ao buraco e nele desapareceram.
E ela continuou:
Esse dinheiro não é daqui
É lá do rio Guarapari
E todo o dinheiro da casa foi desaparecendo dentro do grande buraco.
Cada vez que ela cantava móveis, utensílios, objetos e animais desapareciam no buraco. E ela cantou afinal:
Até esta casa não é daqui
É lá do rio Guarapari
A casa e as terras sumiram; ela sumiu logo em seguida para sempre. José não sumiu, pois ele não era do rio.
E ele ficou sozinho e pobre como sempre fora.
Acabou-se a história
Morreu a vitória
Entrou por uma porta e saiu pela outra
E quem quiser que conte outra!
19 setembro 2012
Curso para contadores de Histórias
Sábado, dia 15 de setembro estivemos na cidade de Álvaro de Carvalho, para iniciar mais um dos cursos do projeto apoiado pelo Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura, do Programa de Ação Cultural -PROAC- e pela Escola Municipal de Cultura Artística Amélio Naná Zancopé, de Garça.
É o terceiro curso do projeto: OUVIR E LER: UM GRANDE PRAZER. Já estivemos nas cidades de Oscar Bressane e Vera Cruz, com a mesma proposta. É um curso rápido, de 12 horas, aos sábados. É gratuito, apostilado e com direito a certificado. Abordamos os temas principais para contar uma boa história - porque, como e o que contar, de forma que os participantes terminem o curso com uma base geral. Depois, fica o convite para treinar sempre mais com crianças, jovens e adultos. O treino, como em qualquer atividade, é indispensável. Encaramos o contar história como algo divertido, mas sabemos que é muito gratificante, além de oportunidade para pesquisas e novas vivências. Ficamos conhecendo pessoas maravilhosas por onde passamos. Somos acolhidas com carinho e atenção; vemos o interesse estampado nos participantes que procuram fazer as atividades com muito empenho.
Terminando o terceiro curso sábado, dia 22, já estamos nos preparando para o quarto curso, em Garça, nos dias 29 de setembro e 6 de outubro. Está sendo uma verdadeira maratona, mas estamos certas de que ganharemos os louros da vitória.
É o terceiro curso do projeto: OUVIR E LER: UM GRANDE PRAZER. Já estivemos nas cidades de Oscar Bressane e Vera Cruz, com a mesma proposta. É um curso rápido, de 12 horas, aos sábados. É gratuito, apostilado e com direito a certificado. Abordamos os temas principais para contar uma boa história - porque, como e o que contar, de forma que os participantes terminem o curso com uma base geral. Depois, fica o convite para treinar sempre mais com crianças, jovens e adultos. O treino, como em qualquer atividade, é indispensável. Encaramos o contar história como algo divertido, mas sabemos que é muito gratificante, além de oportunidade para pesquisas e novas vivências. Ficamos conhecendo pessoas maravilhosas por onde passamos. Somos acolhidas com carinho e atenção; vemos o interesse estampado nos participantes que procuram fazer as atividades com muito empenho.
Terminando o terceiro curso sábado, dia 22, já estamos nos preparando para o quarto curso, em Garça, nos dias 29 de setembro e 6 de outubro. Está sendo uma verdadeira maratona, mas estamos certas de que ganharemos os louros da vitória.
17 setembro 2012
05 setembro 2012
O SAPO ENCANTADO
Em nossas viagens imaginárias pelo mundo das histórias, muitas vezes nos deparamos com algumas que podem nos causar arrepios, como essa:
Era uma fartura de dar gosto!
Luís ia todos os dias à cidade vender a colheita do sítio, que dava um bom dinheirinho.
Certa tarde, quando voltava da cidade, escutou gemidos. Parou para ouvir de onde vinha o som e, reparou, que na beira da estrada, havia um sapo debaixo de uma pedra. Era o sapo que gemia dolorosamente.
Compadecido, Luís retirou, cuidadosamente a pedra que estava sobre o sapo. Aconteceu,então, algo que assustou Luís: o sapo agradeceu o favor, falando como gente!
Luís contou o caso para a mulher e os filhos que também ficaram admirados. Mas logo se esqueceram disso . A vida continuou com muito trabalho no sítio e vendas na cidade.
Certa tarde, Luís voltava da cidade com uma bolsa cheia do dinheiro das vendas, quando ouviu uma voz que dizia:
- Cuidado, não vá por esse caminho!
Ouviu três vezes o aviso e, na terceira vez, viu que era o sapo que falava. Cansado e com pressa de chegar em casa, Luís continuou a sua caminhada, quando, de repente, um bandoleiro saltou-lhe à frente, gritando:
- A bolsa ou a vida!
Mas, como por encanto surgiu um guerreiro,com armadura e espada que lutou com o ladrão e o afugentou.
Luís agradeceu ao guerreiro que lhe disse:
- Você não tem nada para agradecer; eu é que lhe sou grato. Lembra-se daquele sapo que estava sob a pedra e você salvou? Era eu, um príncipe que um dia fui encantado por um bruxo malvado e que só seria desencantado por alguém que tivesse piedade de mim. E você desencantou-me, Luís! Venha até meu reino que vou lhe dar uma recompensa maior ainda.
Luís foi até o reino do guerreiro que lhe deu uma grande fortuna.
Depois, voltou para seu sítio e viveu muito feliz com a família, por muitos anos.
Essa história foi contada para uma turma de crianças muito atentas, da Escola Samira Ell Adass, 1º, 2º e 3º anos, que vieram prestigiar a sessão de contos na Biblioteca Municipal, no dia 3 de setembro de 2012, pela manhã. Ouviram essa e mais outras histórias, saindo dali com alegria evidente.
É essa a maior recompensa para o contador de histórias.
O SAPO ENCANTADO
Luís, um sitiante muito simples, cuidava de sua propriedade com muito carinho; tinha plantação de milho, mandioca, cana, abóbora,um pequeno cafezal, duas vacas, dez cabras, porcos e várias galinhas; sua esposa, Rosa cuidava da horta que produzia muitas verduras e legumes: alface,couve, almeirão, rúcula, temperos, etc. O pomar era uma beleza: havia pés de mangas, jabuticabas, laranjas, goiabas, cajus e outras mais. Quando era época das frutas a família se deliciava saboreando as frutas no pomar mesmo.Era uma fartura de dar gosto!
Luís ia todos os dias à cidade vender a colheita do sítio, que dava um bom dinheirinho.
Certa tarde, quando voltava da cidade, escutou gemidos. Parou para ouvir de onde vinha o som e, reparou, que na beira da estrada, havia um sapo debaixo de uma pedra. Era o sapo que gemia dolorosamente.
Compadecido, Luís retirou, cuidadosamente a pedra que estava sobre o sapo. Aconteceu,então, algo que assustou Luís: o sapo agradeceu o favor, falando como gente!
Luís contou o caso para a mulher e os filhos que também ficaram admirados. Mas logo se esqueceram disso . A vida continuou com muito trabalho no sítio e vendas na cidade.
Certa tarde, Luís voltava da cidade com uma bolsa cheia do dinheiro das vendas, quando ouviu uma voz que dizia:
- Cuidado, não vá por esse caminho!
Ouviu três vezes o aviso e, na terceira vez, viu que era o sapo que falava. Cansado e com pressa de chegar em casa, Luís continuou a sua caminhada, quando, de repente, um bandoleiro saltou-lhe à frente, gritando:
- A bolsa ou a vida!
Mas, como por encanto surgiu um guerreiro,com armadura e espada que lutou com o ladrão e o afugentou.
Luís agradeceu ao guerreiro que lhe disse:
- Você não tem nada para agradecer; eu é que lhe sou grato. Lembra-se daquele sapo que estava sob a pedra e você salvou? Era eu, um príncipe que um dia fui encantado por um bruxo malvado e que só seria desencantado por alguém que tivesse piedade de mim. E você desencantou-me, Luís! Venha até meu reino que vou lhe dar uma recompensa maior ainda.
Luís foi até o reino do guerreiro que lhe deu uma grande fortuna.
Depois, voltou para seu sítio e viveu muito feliz com a família, por muitos anos.
(História popular do folclore brasileiro)
***********************
Essa história foi contada para uma turma de crianças muito atentas, da Escola Samira Ell Adass, 1º, 2º e 3º anos, que vieram prestigiar a sessão de contos na Biblioteca Municipal, no dia 3 de setembro de 2012, pela manhã. Ouviram essa e mais outras histórias, saindo dali com alegria evidente.
É essa a maior recompensa para o contador de histórias.
29 agosto 2012
Curso em Álvaro de Carvalho
Próximo curso, pelo projeto apoiado pelo ProAc, será em Álvaro de Carvalho, nos dias 15 e 22 de setembro.
28 agosto 2012
OUVIR E LER: UM GRANDE PRAZER--OSCAR BRESSANE E VERA CRUZ
Oscar Bressane |
foram dias gratificantes, maravilhosos, quando tivemos a oportunidade de passar momentos proveitosos para ambas as partes.
A participação dos alunos nos dois cursos foi excelente, superando nossas expectativas!
A acolhida carinhosa nas duas cidades nos deixou muitíssimo felizes: salas adequadas com todo o cuidado, material de apoio à disposição, lanches deliciosos nos intervalos para todos os participantes, cuidados com o nosso almoço, pessoal dedicado para nos ajudar com os computadores, etc.
Oscar Bressane |
Oscar Bressane |
Vera Cruz |
Ficamos felizes com a participação de adolescentes em Vera Cruz; interessadíssimos, mostraram como a nova geração pode surpreender positivamente.
Mais uma vez, nossos agradecimentos pela receptividade e participação em Oscar Bressane e Vera Cruz!
Vera Cruz |
Vera Cruz |
Esperamos que outros encontros surjam e que as sementes lançadas por nós, deem frutos em terreno tão fértil!
19 agosto 2012
Dedinho de Prosa: Histórias que gostamos de contar
No dia 16 de agosto, quinta-feira, foi feita mais uma sessão especial de contos, em comemoração aos 16 anos do Grupo. E que delícia de comemoração: com histórias escolhidas a dedo por cada integrante do grupo: histórias que gostamos de contar. E que todos gostaram muito de ouvir...
Ainda teve participação especial de nossa amiga Shirley Pinton, uma das mais assíduas frequentadoras de nossas sessões.
Participação da Shirley Pinton |
14 agosto 2012
Ouvir e Ler: um grande prazer - Vera Cruz
Curso em Vera Cruz-SP
No próximo sábado, dia 18 de agosto estaremos em Vera Cruz para o segundo curso OUVIR E LER: UM GRANDE PRAZER.
No próximo sábado, dia 18 de agosto estaremos em Vera Cruz para o segundo curso OUVIR E LER: UM GRANDE PRAZER.
O curso em Oscar Bressane foi um grande sucesso!
Logo daremos mais detalhes desse cursos.
Aniversário do Grupo Pirlimpimpim
São 16 anos de atividades do grupo. Está na adolescência, mas tem trabalhado como gente grande.
Quantas histórias que já foram contadas, quantos cursos ministrados!
Conhecemos tantas pessoas! Tantos lugares! Foram tantas emoções!
Ainda fazemos nosso trabalho voluntário na Biblioteca Municipal de Garça toda segunda-feira, quando as classe agendadas comparecem e nos alegram com sua participação.
Na sala de contos da Biblioteca acontece, então, um desfile de fadas, duendes, animais que falam, bruxas, gigantes, florestas misteriosas, deuses e seres mitológicos e uma infinidade de personagens que hipnotizam nossos pequenos ouvintes.
Contar histórias é trabalhar com a magia das emoções!E o Grupo Pirlimpimpim sabe como poucos, sem falsa modéstia, cumprir esse trabalho tão prazeroso!
Complementando nosso trabalho que é feito semanalmente com histórias infantis sempre fazemos também as sessões de contos especiais, mais voltadas para o público adulto.
E "Dedinho de Prosa" vem pra comemorar mais um aniversário do grupo.
Compareçam. Ficaremos felizes com sua presença.
DEDINHO DE PROSA: HISTÓRIAS QUE GOSTAMOS DE CONTAR
Dia 16 de agosto de 2012
Horário: 20h30
Local: Biblioteca Municipal de Garça
Avenida Dr. Rafael Paes de Barros, 522
24 julho 2012
Ouvir e Ler: um grande prazer
O primeiro dos 5 cursos aprovados pelo Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo será dia 04 e 11 de agosto, em Oscar Bressane, São Paulo.
Os próximos cursos serão em Cafelândia, Vera Cruz, Garça e Paraguaçu Paulista em datas a serem divulgadas.
27 junho 2012
Superstições Japonesas
Já contamos algumas histórias do Japão, falamos da imigração japonesa, mas falta falar um pouco das crendices que, como em qualquer lugar do mundo, lá também existem.
Reza a crendice japonesa,que muitas pessoas que se deitam após comer podem se transformar em um boi. Mesmo que não ocorra a metamorfose, é certo que estará ganhando alguns quilinhos se adquirir esse hábito!
Jamais coma tempurá com melancia (lembra o dito popular brasileiro-não tomar leite e depois comer manga).
Se comprar sapatos novos, evite estreá-los à noite. Isso pode trazer má sorte.
Para quem vive tentando a sorte nas loterias, uma boa dica: se você encontrar um pedaço de couro de cobra, deve guardá-lo na carteira. Segundo dizem, isso fará com que você fique rico. Não custa arriscar.
Em um local com tatame não pise nas bordas para não atrair má sorte.
Correias dos tamancos desfiadas ou cortadas por acaso.
Quebrar um pente.
Um bando de corvos.
Se um corvo cantar no telhado, acontece um azar nessa casa.
Quando encontrar um carro funerário é melhor esconder os polegares; se não o fizer, os seus pais terão um azar.
Traz azar responder a uma pessoa que fala enquanto dorme.
Coletamos essa pesquisa num jornal nipo-brasileiro há alguns anos; os japoneses são tão apegados a crendices populares quanto qualquer outra nação. De tão populares algumas superstições são quase uma instituição nacional. O número 4, com a pronúncia (SHI), tem pronúncia idêntica à palavra morte(SHI) e, por isso , é comum que prédios não tenham o quarto andar, principalmente em hospitais; é usual não dar lembrancinhas compostas de 4 unidades ou 4 peças, pois o presente pode virar motivo para o término da amizade. Mas há outros números que não costumam aparecer nos leitos de hospitais: 9-agonia ou tortura; 42- significa morrer; 420- espírito.
Mas a, lista vai longe e, muitas crendices encontram semelhanças com as brasileiras, como o trevo de 4 folhas que dá sorte; um passarinho defecar em sua cabeça é bom(rsrsrs); dá azar um gato preto atravessar na sua frente.
Reza a crendice japonesa,que muitas pessoas que se deitam após comer podem se transformar em um boi. Mesmo que não ocorra a metamorfose, é certo que estará ganhando alguns quilinhos se adquirir esse hábito!
Jamais coma tempurá com melancia (lembra o dito popular brasileiro-não tomar leite e depois comer manga).
Se comprar sapatos novos, evite estreá-los à noite. Isso pode trazer má sorte.
Para quem vive tentando a sorte nas loterias, uma boa dica: se você encontrar um pedaço de couro de cobra, deve guardá-lo na carteira. Segundo dizem, isso fará com que você fique rico. Não custa arriscar.
Em um local com tatame não pise nas bordas para não atrair má sorte.
Outros azares
Correias dos tamancos desfiadas ou cortadas por acaso.
Quebrar um pente.
Um bando de corvos.
Se um corvo cantar no telhado, acontece um azar nessa casa.
Quando encontrar um carro funerário é melhor esconder os polegares; se não o fizer, os seus pais terão um azar.
Traz azar responder a uma pessoa que fala enquanto dorme.
Coletamos essa pesquisa num jornal nipo-brasileiro há alguns anos; os japoneses são tão apegados a crendices populares quanto qualquer outra nação. De tão populares algumas superstições são quase uma instituição nacional. O número 4, com a pronúncia (SHI), tem pronúncia idêntica à palavra morte(SHI) e, por isso , é comum que prédios não tenham o quarto andar, principalmente em hospitais; é usual não dar lembrancinhas compostas de 4 unidades ou 4 peças, pois o presente pode virar motivo para o término da amizade. Mas há outros números que não costumam aparecer nos leitos de hospitais: 9-agonia ou tortura; 42- significa morrer; 420- espírito.
Mas a, lista vai longe e, muitas crendices encontram semelhanças com as brasileiras, como o trevo de 4 folhas que dá sorte; um passarinho defecar em sua cabeça é bom(rsrsrs); dá azar um gato preto atravessar na sua frente.
12 junho 2012
Maneki-Neko
Em junho costumamos direcionar nossas sessões de contos para a cultura japonesa: falamos sobre a imigração dessa brava gente do Japão, as dificuldades nas longas viagens, a diferença de costumes e da língua, mas também contamos histórias tradicionais japonesas. Mostramos alguns objetos como os "guetás"(tamancos de madeira), leques, lanternas e o mais famoso amuleto japonês- Maneki Neko (o gatinho da sorte).
Há mais de uma origem para o gatinho. Uma delas, bastante conhecida, surgida nos meados da Era Edo ( (1615-1868), conta que existiu, no bairro de Imado, em Edo (hoje Tóquio), uma velha senhora que tinha um gato de estimação. A velhinha estava em péssimas condições financeiras, porque, devido à idade avançada, não conseguia arranjar um trabalho para garantir seu sustento. Numa determinada ocasião, a situação ficou tão crítica que ela não tinha mais como alimentar seu gatinho. Então, conversando com o bichinho, disse:
-É com o coração partido que eu terei de abandonar você. Devido à minha condição de extrema pobreza, não tenho como continuar lhe alimentando.
Depois, com lágrimas nos olhos e barriga roncando, a velhinha foi dormir. E teve um sonho, no qual o gato apareceu e disse:
-Molde a minha imagem em barro que trará muita sorte a você.
No dia seguinte, ela resolveu fazer uma estatueta do gato, confirme o sonho havia sugerido. Enquanto ela moldava o barro, o gato estava "lavando a cara" com gestos exagerados e, achando engraçado, a velhinha resolveu moldar o bichinho com a pata levantada. Colocou-a para secar na janela e, nisso passou uma pessoa em frente a sua casa e, achando interessante, quis comprar a estatueta.
Como estava dias sem comer, a velhinha vendeu a estatueta e comprou comida para ela e para o gato.
Assim, de barriga cheia, resolveu fazer outra estatueta para deixar como talismã da sorte. Porém apareceu outra pessoa e comprou a segunda estatueta.
Quanto mais a velhinha fazia estatuetas, mais aparecia gente para comprá-las. Com isso, ela mudou de vida e nunca mais passou necessidades.
A estatueta, então, passou a ser conhecida como Maneki-Neko.
Há mais de uma origem para o gatinho. Uma delas, bastante conhecida, surgida nos meados da Era Edo ( (1615-1868), conta que existiu, no bairro de Imado, em Edo (hoje Tóquio), uma velha senhora que tinha um gato de estimação. A velhinha estava em péssimas condições financeiras, porque, devido à idade avançada, não conseguia arranjar um trabalho para garantir seu sustento. Numa determinada ocasião, a situação ficou tão crítica que ela não tinha mais como alimentar seu gatinho. Então, conversando com o bichinho, disse:
-É com o coração partido que eu terei de abandonar você. Devido à minha condição de extrema pobreza, não tenho como continuar lhe alimentando.
Depois, com lágrimas nos olhos e barriga roncando, a velhinha foi dormir. E teve um sonho, no qual o gato apareceu e disse:
-Molde a minha imagem em barro que trará muita sorte a você.
No dia seguinte, ela resolveu fazer uma estatueta do gato, confirme o sonho havia sugerido. Enquanto ela moldava o barro, o gato estava "lavando a cara" com gestos exagerados e, achando engraçado, a velhinha resolveu moldar o bichinho com a pata levantada. Colocou-a para secar na janela e, nisso passou uma pessoa em frente a sua casa e, achando interessante, quis comprar a estatueta.
Como estava dias sem comer, a velhinha vendeu a estatueta e comprou comida para ela e para o gato.
Assim, de barriga cheia, resolveu fazer outra estatueta para deixar como talismã da sorte. Porém apareceu outra pessoa e comprou a segunda estatueta.
Quanto mais a velhinha fazia estatuetas, mais aparecia gente para comprá-las. Com isso, ela mudou de vida e nunca mais passou necessidades.
A estatueta, então, passou a ser conhecida como Maneki-Neko.
01 junho 2012
Garça e os imigrantes: Parte II
Maria Helena |
A maioria deles veio para substituir a mão de obra dos infelizes escravos que haviam sido libertos pela Lei Áurea, mas trabalharam tanto como eles apesar de não sofrer castigos físicos e perseguições.
Maria Helena prosseguiu a narrativa de Nancy contando sobre a saga de um imigrante italiano que chegou ao Brasil com apenas 15 anos, trabalhou nas lavouras de café do interior do Estado de São Paulo até chegar em nossa região em 1918, quando já tinha 43 anos e Garça ainda se chamava INCAS.
Esse imigrante era Carlos Ferrari. Ele comprou 100 alqueires de terras e em 1924 iniciou um loteamento que deu origem a um bairro chamado Ferrarópolis que progrediu rapidamente, juntamente com outros bairros ao redor, formando uma nova cidade, não mais INCAS e nem ITALINA: nasceu, então a cidade de GARÇA.
Vera Lúcia |
Mas, como a vida continua Vera Lúcia recordou tempos mais recentes e alegres do passado da cidade.
Ela nos levou a percorrer os corredores e escadarias de uma excelente escola: a Escola Hilmar Machado de Oliveira que, até hoje é um dos baluartes da educação em nossa cidade. Por ali passaram muitos jovens que se destacaram profissionalmente conduzidos pelas orientações de competentes professores que deixaram saudades.Quem ali estudou guarda na memória as figuras dos professores de Português, Matemática,História, Geografia, Inglês,Música, Francês, Educação Física, Trabalhos Manuais, Latim, Ciências, Desenho, Física, Biologia, etc.
A todos os grandes mestres do passado nossa homenagem sincera e carinhosa!
O Público |
A noite foi ótima e a alegria de quem lá esteve nos anima para outra apresentação, no próximo ano.
Até breve amigos!
29 maio 2012
Outras histórias
O mês de junho em Garça tem uma festa especial: a Festa das Cerejeiras, que este ano será de 7 a 10 de junho. Essa festa ocorre há vários anos celebrando a florada das cerejeiras plantadas ao redor de um lago artificial de nossa cidade, atraindo muitos visitantes que podem ver a beleza dessas árvores floridas e percorrer os caminhos de um bonito jardim oriental.
Mas essa festa tem também a sua história: há muitos anos um menino que viria a ser chamado de Senhor Nelson Ishissato,chegou ao Brasil junto a outros imigrantes do país do Sol Nascente- o Japão. Aqui ele cresceu mas não se esqueceu de sua terra natal e da maravilha das cerejeiras em flor. Amante da Natureza tanto pesquisou que conseguiu adaptar essa árvore ao clima de Garça. Com carinho paternal, ele, pela manhã, já estava ao redor do lago, onde plantou as primeiras mudas das plantas que floresceram pelos idos dos anos 80.
Que beleza! Não há quem não se admire das cores das mimosas flores!
Como o Grupo Pirlimpimpim bem lembrou na Noite de Contos do último dia 10 de maio, a imigração japonesa foi muito grande em Garça e, no mês de junho nós costumamos contar histórias que vieram da terra desse povo tão laborioso e respeitável, com muita tradição e costumes diferentes do brasileiro, que aprendeu a gostar de seus espetáculos na festa, suas danças e comidas até incorporadas no dia a dia como o yakissoba, só para exemplificar.
Mas podemos gostar de suas histórias também, como essa aqui, muito popular no Japão principalmente nas regiões onde a neve chega a atingir até três metros de altura e permanece por até 6 meses. Ela chega a ser trágica, mas é bela e, já foi contada várias vezes em nossas sessões de contos para jovens de 14 anos ou mais. Eles gostam muito.
Certa noite ele, como de costume estava em sua casa quando ouviu batidas na porta. Como ventava muito e a neve caia com força, ele demorou um pouco para entender que podia ser alguém querendo fugir da violenta tempestade. Quando abriu a porta viu uma jovem caida no chão. Compadecido o rapaz levou a moça para dentro de sua casa e, ela logo acordou do desmaio, mas o seu rosto era muito, muito branco. Branco como a nev, pensou o rapaz que ficou apaixonado perdidamente pela moça, que era, realmente muito linda.
Ele, então, a pediu em casamento.
Eles viveram felizes por todo o inverno que era bem intenso na região, mas quando a primavera foi se anunciando e a neve começou a derreter-se, a jovem foi ficando cada dia mais triste, mais fraca e mais magra.
Muito preocupado, o rapaz não sabia mais o que fazer para alegrar sua amada. Pensou, então em fazer uma festa: seria uma festa para saudar a chegada da estação da primavera. Organizou tudo com carinho e cuidados.Chamou vários amigos que vieram alegremente para saborear as bebidas e comidas preparadas pelo rapaz. Em dado momento ele chamou a esposa , mas ela não atendeu ao seu pedido. Procurou-a em todos os cômodos da casa mas não a viu em parte alguma. Todos ficaram alarmados e ajudaram nas buscas, até que o rapaz viu, junto ao fogão, o que restara da misteriosa jovem, branca como a neve: o bonito quimono novo que ganhara para a festa, mergulhado numa poça de água diante do fogão: ela havia se derretido como a neve agora que era primavera!
Mas essa festa tem também a sua história: há muitos anos um menino que viria a ser chamado de Senhor Nelson Ishissato,chegou ao Brasil junto a outros imigrantes do país do Sol Nascente- o Japão. Aqui ele cresceu mas não se esqueceu de sua terra natal e da maravilha das cerejeiras em flor. Amante da Natureza tanto pesquisou que conseguiu adaptar essa árvore ao clima de Garça. Com carinho paternal, ele, pela manhã, já estava ao redor do lago, onde plantou as primeiras mudas das plantas que floresceram pelos idos dos anos 80.
Que beleza! Não há quem não se admire das cores das mimosas flores!
Como o Grupo Pirlimpimpim bem lembrou na Noite de Contos do último dia 10 de maio, a imigração japonesa foi muito grande em Garça e, no mês de junho nós costumamos contar histórias que vieram da terra desse povo tão laborioso e respeitável, com muita tradição e costumes diferentes do brasileiro, que aprendeu a gostar de seus espetáculos na festa, suas danças e comidas até incorporadas no dia a dia como o yakissoba, só para exemplificar.
Mas podemos gostar de suas histórias também, como essa aqui, muito popular no Japão principalmente nas regiões onde a neve chega a atingir até três metros de altura e permanece por até 6 meses. Ela chega a ser trágica, mas é bela e, já foi contada várias vezes em nossas sessões de contos para jovens de 14 anos ou mais. Eles gostam muito.
A MULHER DE NEVE
Há muitos anos, no antigo Japão, um rapaz vivia sozinho pois não havia encontrado uma noiva que o fizesse feliz.Certa noite ele, como de costume estava em sua casa quando ouviu batidas na porta. Como ventava muito e a neve caia com força, ele demorou um pouco para entender que podia ser alguém querendo fugir da violenta tempestade. Quando abriu a porta viu uma jovem caida no chão. Compadecido o rapaz levou a moça para dentro de sua casa e, ela logo acordou do desmaio, mas o seu rosto era muito, muito branco. Branco como a nev, pensou o rapaz que ficou apaixonado perdidamente pela moça, que era, realmente muito linda.
Ele, então, a pediu em casamento.
Eles viveram felizes por todo o inverno que era bem intenso na região, mas quando a primavera foi se anunciando e a neve começou a derreter-se, a jovem foi ficando cada dia mais triste, mais fraca e mais magra.
Muito preocupado, o rapaz não sabia mais o que fazer para alegrar sua amada. Pensou, então em fazer uma festa: seria uma festa para saudar a chegada da estação da primavera. Organizou tudo com carinho e cuidados.Chamou vários amigos que vieram alegremente para saborear as bebidas e comidas preparadas pelo rapaz. Em dado momento ele chamou a esposa , mas ela não atendeu ao seu pedido. Procurou-a em todos os cômodos da casa mas não a viu em parte alguma. Todos ficaram alarmados e ajudaram nas buscas, até que o rapaz viu, junto ao fogão, o que restara da misteriosa jovem, branca como a neve: o bonito quimono novo que ganhara para a festa, mergulhado numa poça de água diante do fogão: ela havia se derretido como a neve agora que era primavera!
15 maio 2012
Garça e os imigrantes
No dia 10 de maio de 2012 o Grupo Pirlimpimpim mais uma vez apresentou a noite de contos para adultos: INCAS...ITALINA...GARÇA DE ANTANHO V.
Marisa foi a mestra de cerimônias do evento fazendo a introdução com este lindo texto:
"Relembrar é uma atividade salutar. É o reencontro com nós mesmos, lugares, tempo, lembranças, passado...
A memória é uma das formas de se conhecer o passado, e as histórias orais, alimentadas pela memória, se constituem uma outra forma de se olhar e manter vivo esse passado que tem assento nas pedras dos calçamentos, naquela parede que sobrou de uma casa, na árvore frondosa, no traçado das ruas, na arquitetura dos prédios, no álbum de fotos e em tudo que fica guardado em nosso pensamento.
Mesmo só restando ruínas, ficamos ligados a lugares, fatos e pessoas.
Enquanto houver memória e o passado for lembrado, de forma individual ou mesmo coletiva, resta o tempo, o fato ou alguém...
Cada um de nós tem uma versão para um mesmo fato, porque a memória dá voz às pessoas por meio de lembranças diversas, de histórias vividas em tempos distintos e por meio também dos vários e diferentes narradores.
A memória é a nossa alma, nossa identidade e, quanto mais envelhecemos (ou vivemos), mais recordações temos e mais narrativos nos tornamos e, tudo o que realmente carregamos, retidos na memória ou transformados em histórias, parecem ser locomotivas e trens carregados de gente, mercadorias, lugares, cores, chuva, sol, flores, cheiros, verão, inverno, dia, noite e sonhos, muitos sonhos..."
Como no mês de maio comemora-se o aniversário da cidade de Garça, que completa agora 83 anos de emancipação política, o Grupo Pirlimpimpim Contadores de Histórias faz um trabalho de pesquisa em documentos ou entrevistas para coletar fatos interessantes acontecidos ao longo desse tempo. E não faltam histórias! Os inúmeros personagens parecem ir surgindo numa cadeia de acontecimentos envolvendo e emocionando a todos na platéia que, de alguma forma participaram dos fatos ocorridos. Sem os heróis do passado da cidade não estaríamos aqui, certamente.
Passado, presente e futuro são interligados; por isso precisamos conhecer o que aconteceu bem antes termos nascido e contar aos nossos filhos e netos que, por sua vez se encarregarão de transmitir às outras gerações. É o ciclo da Vida.
Ao apresentar o seu tema, Nancy mostrou, com grande competência, as origens da principal riqueza de Garça: o café, que já teve tempos mais áureos, mas que em 1916 era a meta dos primeiros colonizadores da região, atraindo milhares de pessoas com destaque para os imigrantes que deixaram a terra natal e vieram enfrentar terríveis dificuldades com a esperança de uma vida melhor.Aos primeiros colonizadores brasileiros vieram juntar-se italianos, espanhóis, sírio-libaneses, armênios,japoneses e outras nacionalidades em menor número, mas todos com esperanças de um futuro melhor, apesar dos sofrimentos nos navios que os traziam de sua Pátria distante.
Essa noite de contos foi uma pequena homenagem aos s imigrantes que vieram derramar seu suor no solo garcense!
Continua...
As contadoras: Vera Lúcia, Marisa, Nancy e Maria Helena |
"Relembrar é uma atividade salutar. É o reencontro com nós mesmos, lugares, tempo, lembranças, passado...
A memória é uma das formas de se conhecer o passado, e as histórias orais, alimentadas pela memória, se constituem uma outra forma de se olhar e manter vivo esse passado que tem assento nas pedras dos calçamentos, naquela parede que sobrou de uma casa, na árvore frondosa, no traçado das ruas, na arquitetura dos prédios, no álbum de fotos e em tudo que fica guardado em nosso pensamento.
Mesmo só restando ruínas, ficamos ligados a lugares, fatos e pessoas.
Enquanto houver memória e o passado for lembrado, de forma individual ou mesmo coletiva, resta o tempo, o fato ou alguém...
Cada um de nós tem uma versão para um mesmo fato, porque a memória dá voz às pessoas por meio de lembranças diversas, de histórias vividas em tempos distintos e por meio também dos vários e diferentes narradores.
Seguindo a tradição do Grupo Pirlimpimpim, Marisa faz a cerimônia da vela que homenageia os contadores de histórias do mundo inteiro! |
Como no mês de maio comemora-se o aniversário da cidade de Garça, que completa agora 83 anos de emancipação política, o Grupo Pirlimpimpim Contadores de Histórias faz um trabalho de pesquisa em documentos ou entrevistas para coletar fatos interessantes acontecidos ao longo desse tempo. E não faltam histórias! Os inúmeros personagens parecem ir surgindo numa cadeia de acontecimentos envolvendo e emocionando a todos na platéia que, de alguma forma participaram dos fatos ocorridos. Sem os heróis do passado da cidade não estaríamos aqui, certamente.
Passado, presente e futuro são interligados; por isso precisamos conhecer o que aconteceu bem antes termos nascido e contar aos nossos filhos e netos que, por sua vez se encarregarão de transmitir às outras gerações. É o ciclo da Vida.
Ao apresentar o seu tema, Nancy mostrou, com grande competência, as origens da principal riqueza de Garça: o café, que já teve tempos mais áureos, mas que em 1916 era a meta dos primeiros colonizadores da região, atraindo milhares de pessoas com destaque para os imigrantes que deixaram a terra natal e vieram enfrentar terríveis dificuldades com a esperança de uma vida melhor.Aos primeiros colonizadores brasileiros vieram juntar-se italianos, espanhóis, sírio-libaneses, armênios,japoneses e outras nacionalidades em menor número, mas todos com esperanças de um futuro melhor, apesar dos sofrimentos nos navios que os traziam de sua Pátria distante.
Essa noite de contos foi uma pequena homenagem aos s imigrantes que vieram derramar seu suor no solo garcense!
Continua...
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